quinta-feira, 29 de julho de 2010

I am surrounded by angels, but I call them friends.

AMO.
Amo demais da conta.
Amo sem ver defeitos, sem querer corrigir nenhum detalhe, sem pedir nada em troca.
É um amor puro, verdadeiro. Daqueles que duram pra sempre.
Porque amo com a maior intensidade que um amor pode ter.

Esse amor é seguro. Livre de todos os perigos que um amor comum nos traz. Esse, não é carnal. Vai muito além do que simplesmente pele.
Se é de verdade, não tem traição, não tem desconfiança e não tem fim.

Você já falou pra ele que o ama hoje?
Eu aprendi com um deles, um dos melhores que eu já tive, o quanto é importante dizer "eu te amo" sempre que possível.
Nem sempre o "sempre" é muita coisa. E às vezes, até o sempre, acaba.
Não deixe que seja tarde demais, fale, repita, grite, lembre-o, de que você o ama muito.

São anjos em minha vida.
Posso contar pra vida inteira, sem duvidar, sem pensar duas vezes, pro que eu precisar.
E também estou aqui, pra recebê-lo de braços abertos.
Rir junto, chorar junto, falar besteira junto.
Existe coisa melhor do que poder confiar todos os seus segredos, até os seus defeitos, tudo, a alguém que você sabe que nunca vai usar isso contra você?

AMO.
Amo demais da conta.
Obrigada por você existir, amigo.
Felicidade. Orgulho. Segurança. Paz. Confiança. Força. Infinito.
Meus amigos são tudo isso e muito mais.

"I am surrounded by angels, but I call them friends".

terça-feira, 27 de julho de 2010

Da euforia à calmaria.

Não há nada mais incrível nesse mundo do que a ação do tempo.
O tempo ajuda em tudo, quer dizer, quase tudo, se pensarmos no lance da idade, estar ficando mais velho, essas coisas... Mas aqui estou citando o tempo como o velho e bom remédio para a cura. De qualquer coisa.

O tempo é o senhor de tudo.
É ele quem nos ajuda a decidir em pouco... ou muito tempo, quem fica, quem vai, o que realmente importa e o que não passou de uma grande besteira em nossa vida. Uma fase ruim, uma coisa passageira.

Momentos de euforia chegam com uma rapidez que podem realmente desestruturar tudo que havíamos planejado por uma vida inteira.
O mais compensador disso tudo é que da mesma forma que veio, ela vai embora.
E dá lugar à calmaria.
A sensação de poder respirar fundo outra vez.
E as pequenas coisas da vida voltam a fazer sentido. Voltam a ter graça.

Não é na euforia e na confusão de pensamentos que encontramos as melhores coisas da vida.
Sim, às vezes é até bom e nos faz sentir mais vivos enquanto dura, mas se não passar disso, somente uma euforia, logo, logo vai embora e nos encontramos perdidos e sem direção. É aí que entra o tempo, o senhor de tudo.

É tão bom poder colocar os pensamentos em ordem e ver que na calmaria tomamos as decisões mais sensatas.
É como diz o velho ditado... "Nada como um dia após o outro".
E após o outro, e após o outro... e por aí vamos vivendo.

"Nada na vida é completamente errado. Até um relógio quebrado, duas vezes ao dia está marcando a hora certa". Paulo Coelho.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Música pra viver.

Acordo às 05h da manhã.
A mesma rotina de sempre.
Remédio, banho, um copo de Nescau, roupa, sapato, cabelo e rua.

Tudo igual, nada muda.
Desço as escadas, entro no carro e saio.
De casa até o meu trabalho, gasto em média 1h30min.
Tempo suficiente pra escutar as músicas preferidas, mudar freneticamente as estações do rádio, trocar de CD.

Música pra cantar, música pra rir, música pra chorar, música pra lembrar.
Pagode não, pagode não dá. Um samba, talvez. Troco de novo a melodia.
Gosto de tudo um pouco. E sou de fases. Fase do Hip Hop, da MPB, do samba, do rock´n roll...
Trilhas sonoras da minha vida.

Cada uma me lembra particularmente uma pessoa, um momento, uma passagem das experiências que tive.
Mãe, melhor amiga, o namorado que demorei pra esquecer, a música de nós dois, a chuva que batia na minha janela em 1996, alegrias, tristezas, e por aí vai.
As músicas tem cor, gosto, imagens. Formam um cenário na memória e sempre que as ouço repetidamente, é a mesma visão. Incrível como podemos voltar no tempo através de uma simples canção.

As 10h trabalhadas são sempre embaladas pela trilha sonora do dia.
Estou na fase "Legião Urbana".
Como é bom ouvir e se identificar com tudo que o cara tá dizendo, rs.

As 18h, hora de ir embora.
Mesma rotina de sempre. Caminhada até a praia, carro e rua.
Daí até em casa mais de 2 horas.
Tempo suficiente pra colocar os pensamentos em dia e refletir se tudo vale a pena.
Penso muito. Até demais. Às vezes gostaria de pensar menos.
O conflito interno sempre presente.
Isso ou aquilo? Vou em frente ou não? Insisto? Persisto? Quero mesmo? Telefone ou email?

Os mesmos questionamentos... as mesmas respostas.
Um dia quem sabe, elas mudam e mudo eu também.

"Eu sei é tudo sem sentido
Quero ter alguém com quem conversar
Alguém que depois não use o que eu disse
Contra mim". (Renato Russo).

terça-feira, 20 de julho de 2010

Dor necessária.

A dor. Vem de muitas formas, através de diversos meios.
Pode ser uma dor passageira, ou daquelas que marcam pra vida toda.

Mas já pararam pra pensar que a dor é o que nos faz crescer?
O que nos motiva a querer mudar? A dar um "up" em nossa vida?
O que seria dos grandes poetas sem a dor, seja da perda ou de uma paixão?

A dor é um preparo para o próximo passo.
Seu próximo ato, sua próxima atitude bem pensada.
Sim, porque durante e após um período de dor, nos pegamos pensando, ponderando, pesando as medidas.

Uns dizem que para ajudar no processo da cura, não há coisa melhor do que se ocupar.
"Faça algo que a distraia, procure um curso, pratique esportes, estude".
Cada um tem a sua forma de encarar a dor. O que funciona pra mim, pode não servir de nada pra você.
Eu particularmente acho que devemos passar por ela, pelo período em que ela está presente, pulsando dentro da gente.

Acredito que faz parte do processo da cura o "programa de imersão" que fazemos na dor.
Dói brigar com alguém que vc ama, dói perder um ente querido, dói estar apaixonada.
Para cada situação, procuramos a melhor forma de transição da dor para a paz interior.

"Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso ás vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como 'estou contente outra vez". (Caio Fernando Abreu).

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Amargo demais.

Amargo demais.
Esse é o gosto que ficou.
Chega a ser azedo.
E difícil de tirar.

Vai sair, vai sumir, eu sei.
Mas porque a demora?
Porque não é fácil?
Porque não podemos apertar um botão e conseguir o que queremos?
Ou deletar tudo da memória?

Sempre depois da tempestade, vem a abonança.
De verdade... Quem quer a tempestade?
Gosto da chuva, das gotas.
Mas a tempestade sempre que passa, além de lavar tudo, destrói muita coisa.

Dias melhores virão...
Dias de sol.
Sem nenhuma nuvem no céu.

"O que está acontecendo? Porque está amanhecendo? Peço o contrário ver o sol se por. O que você está dizendo? Milhões de frases sem nenhuma cor".

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Mais uma vez.

Mas é claro que o sol vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei
Escuridão já vi pior de endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem...

Tem gente que está do mesmo lado que você, mas deveria estar do lado de lá
Tem gente que machuca os outros, tem gente que não sabe amar
Tem gente enganando a gente, veja nossa vida como está
Mas eu sei que um dia a gente aprende

Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo...
Quem acredita sempre alcança

Escuridão já vi pior, de endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem

Nunca deixe que lhe digam:
Que não vale a pena acreditar no sonho que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém

Tem gente que machuca os outros, tem gente que não sabe amar
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança...

...

"Mentir pra si mesmo


É sempre a pior mentira..."

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Agora tanto faz...

"Mudaram as estações


E nada mudou

Mas eu sei

Que alguma coisa aconteceu

Está tudo assim tão diferente...



Se lembra quando a gente

Chegou um dia a acreditar

Que tudo era prá sempre

Sem saber

Que o pra sempre

Sempre acaba...



Mas nada vai

Conseguir mudar o que ficou

Quando penso em alguém

Só penso em você

E aí então estamos bem...



Mesmo com tantos motivos

Prá deixar tudo como está

E nem desistir, nem tentar

Agora tanto faz

Estamos indo de volta prá casa..."


"O que está acontecendo? Eu estava em paz quando você chegou".


Nada acontece por acaso. Não acredito em coincidências.

É vida que segue...

terça-feira, 13 de julho de 2010

Castelo.

"Quando a gente precisa que alguém fique a gente constrói qualquer coisa... até um castelo".

Caio Fernando Abreu.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Copa do Mundo - Visão Feminina.

Compro salgadinhos, pães, queijos e bebidas. Me visto de verde e amarelo. Estou ansiosa mas não é pelo jogo. É porque nunca sei se a quantidade de comida está boa e se a minha casa pode aconchegar tanta gente. Elas chegam com o jogo já começado, pouco se importando. A primeira avisa “tive que passar na farmácia pra comprar pílula do dia seguinte, dei ontem pro meu estagiário”. O foco todo se vira pra ela. Conta! Conta! Robinho avança. Passa pra Kaká. Que passa pra alguém que não sei o nome mas que é a cara do Robinho.

Mas qual o nome do seu estagiário? Tem foto dele no Facebook? Tem? Corremos todas pra ver. Ah, não é ruim não hein? Quase sai gol. Mas ninguém viu. Vimos apenas que o Robinho está sem barba. Mas esse é o Robinho mesmo? Vimos também que o time da Costa do Marfim usa um uniforme com listras que os engordam. Alguém comenta “odeio quando vendedora de loja vagabunda fala listas ao invés de listras”.

O papo já muda pra regime. A Costa do Marfim quase faz gol, mas alguém comentou “olha o tamanho do negão”. E todas caíram na risada, relembrando experiências individuais com rapazes grandiosos. Teve o...e teve também o...mas teve um que, coitado, o pinto parecia uma latinha de leite condensado. Pequeno e grosso. O que você faz com um pinto desses? Kaká recebe seu primeiro cartão amarelo e não estamos nem aí. Olha o tamanho da bunda desse negão, alguém comenta. E o Kaká, você fazia? Ah, eu fazia sim, mas ele tem pouca experiência, né? Eu gosto de homem mais experiente. Eu não, prefiro os novinhos, tipo meu estagiário. E voltamos pro assunto da pílula do dia seguinte.

O goleiro negão usa um uniforme preto. Uai, mas ele tá pelado? Alguém lança essa. Eu to fazendo o álbum da Copa mas só colo os que eu acho bonito, alguém comenta. E esse Lúcio, hein?! Eu pegava! Cre-do, eu não pegava não. Ah, eu pegava, adoro um homem com essa cara de lavrador. Gol do Brasil. Nos abraçamos rapidamente mas estamos mais preocupadas em fazer fotos felizes para colocar no Orkut. Todo mundo tem um ex namorado perdido que entra no nosso orkut e queremos provar que não morremos sem ele por perto e vamos muito bem obrigada. E daí, lá vamos nós, fazer pose.

O Brasil perde um gol na sequência mas nem vimos, estamos fazendo pose sensuais com a vuvuzela. Como somos bestas. Muito. Googla aí o Nilmar, ele é um gato. Esse rato? Cre-do. Escuta, moicano é o novo pretinho básico? Por que mesmo a gente tem raiva da França? Ah, é, né? Tirou o Brasil. Em que ano mesmo? Paris, vamos marcar uma viagem? A Mari não tá legal, passou mal por causa da quantidade de frituras que ingeriu e também porque pulou muito na hora do gol. Pressão baixa. A outra tá enjoada por causa da pílula. Eu to enjoada com o cheiro de progressiva de chocolate no ar. Olha o tamanho desse negão! Brasil faz outro gol. Mas teve mão? No gol eu não sei, mas ontem, menina, o cara fazia cada coisa com a mão. Ah é? Mas mão é coisa de namoro juvenil, não? Não. Mão ainda é bom. Não tem idade pra essas coisas.

Alguém comenta que homem de cabelo duro não pode fazer o corte “cabelo de buceta” e aí já acabou o jogo, estamos um pouco alcoolizadas, rindo como gralhas loucas e loucas pra postar as fotos no Facebook e fuçar a fotos dos caras que estamos saindo e comentar sobre todas as coisas do mundo, menos futebol. Vai Brasil!

Texto extraído do blog: http://www.todaaminhasaudade.blogspot.com/

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Beber e dirigir?

Quinta-feira, dia de um chopp com os amigos do trabalho.
É a despedida de um deles. Mais um que parte pra uma nova jornada, esperamos que de muito sucesso!
Aquele chopp que tá combinado há mais de uma semana, com pessoas agradáveis, bate papo informal, falar dos stresses do dia a dia e rir disso no fim da noite. Ótimo.

Mas peraí, sair pra tomar um chopp e não poder tomar um chopp? Sim! Porque lembro praticamente no dia de um detalhe importante: estou de carro e sem ninguém pra me acompanhar e fazer um revezamento.
Ah, que coisa mais chata! Que graça tem um chopp sem chopp?

Tá bom, já vale a pena por estar com os amigos e o bate papo, então lá vou eu.
Às 18h em ponto vamos direto pro local marcado.
Nos encontramos, sentamos... e pedimos um chopp! Dois, três, quatro...
Ah, não tem problema, é muito azar ser parado numa Lei Seca, com tanta gente na rua.
Hoje nem deve ter Lei Seca! Nunca tem!

A noite é super agradável, como sempre, tudo é diverido, brincamos, rimos, falamos de experiências passadas, do que pensamos pro nosso futuro... e de repente, 23h!
Tá tudo muito bom, tudo muito bem, mas peraê... eu sou casada! Meu marido é um fofo e nunca encrenca com as saídas esporádicas com meus amigos, mas também não vamos abusar né?

A caminhada até o carro é longaaaa que parece até que estava mais longe do que eu pensava.
Ao entrar no carro, começa a aflição.
Será mesmo que não vou ser parada em alguma blitz? Ah, que nervoso!
Da Zona Sul até a minha casa em ,Jacarepaguá, me deparo com 3, isso mesmo, 3 blitz... de Lei Seca. Uma em Copa, outra na Gávea e a última na Barra.

Meu coração dispara e vou rezando o Pai Nosso daqui até em casa.
Sim, por sorte eu não fui parada em nenhuma. E cheguei em casa sã e salva.
Ufa............
Pronto, agora não bebo mais e dirijo. E ponto final. É horrível pensar que posso ser pega e sofrer as consequências da lei. Além de outros agravantes que isso pode acarretar, ainda mais sérios que uma multinha... O chopp continua de pé, mas o carro ficará em casa da próxima vez.

Punição: Até 0,2 g/l no sangue: Multa de R$ 957,00, 7 pontos na carteira de motorista e habilitação suspensa por um ano. Acima de 0,6 g/l: prisão em flagrante. Penas variam de seis meses a três anos de cadeia. Fiança varia entre R$ 300,00 e R$ 1.200,00

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Sem palavras...

Porque determinadas situações nos deixam simplesmente sem palavras?
Sem saber o que dizer?
Não, não vou enganar, em muitas ocasiões eu sei exatamente o que dizer, mas seria no mínimo agressiva demais ou até mesmo ignorante em minhas colocações.
Ainda bem que temos valores, cultura para nos guiar e conseguirmos dar um passo pra trás quando na verdade a única coisa que queremos é avançar e "rodar a baiana".

A cada dia que passa, mesmo já tendo visto muitas coisas nesse mundo, ainda consigo me surpreender com a atitude e postura que algumas pessoas têm.
Como é difícil se decepcionar com alguém. E se torna ainda mais difícil quando antes nós tínhamos grande admiração por essa pessoa.

Não é passível de drama, mas o gosto amargo que fica na nossa boca quando nos decepcionamos com alguém admirável é tão intragável, que chega a sufocar e dar ânsia de vômito. Sim, chega a dar nojo.
O pior pra mim é a pessoa que muda de opinião frequentemente, se perde em suas palavras, se contradiz, muda o tratamento com você de um dia pro outro e somos obrigados a simplesmente aceitar, "engolir".
Não tem aquele ditado "quanto mais se mexe na merda, mais ela fede"?
É bem verdade. Às vezes pensando em não piorar a situação, é melhor deixar o tempo passar pra amenizar esse "enjôo". Assim, deixamos de falar o que pensamos, o que queremos e o que achamos do ocorrido.

Daí o que acontece? Muitas vezes o tempo passa, você vai aprendendo a conviver com isso e acha que tudo está melhorando.
Até o dia em que toma coragem o suficiente pra tocar no assunto e ver, sem acreditar, que está tudo na mesma. As coisas estão no mesmo ponto em que deixou no dia que achou melhor se calar. Nesse ponto a decepção pode se tornar mais amena, porque o tempo de fato, ajuda muito no quisito "cura". Ou, a decepção pode amargar ainda mais na sua boca.

Vivenciando a segunda opção, voltamos à estaca zero, continuamos sem palavras, ou pelo menos com elas bem guardadas dentro de você, e na maioria das vezes, é melhor deixar onde estão mesmo, sem despejá-las ao vento.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Frio na barriga

Há tempos não sinto isso.
Um frio na barriga, uma sensação que ao mesmo tempo que é boa, é no mínimo estranha.
Podemos sentir isso em relação à vários acontecimentos em nossas vidas
Quem nunca sentiu?

E eu... posso me permitir isso?
Vivenciar esse friozinho na barriga? A sensação de estar realmente viva?
Ainda que me sentindo diferente e muitas vezes culpada, eu não quero deixar de sentir
Não é o que dizem? Que a vida é curta?

Doses de adrenalina às vezes servem para nos despertar de algo há muito tempo adormecido
Há pouco tempo eu percebi que eu não sou mais eu mesma há muito tempo
Com o passar do tempo e a correria dos dias de hoje, acabamos perdendo um pouco de nós mesmos

Perdemos a respiração, a gana de viver, o brilho no olhar fica cada vez mais opaco
A graça está nas pequenas coisas, nos detalhes que julgamos menos importantes
O sorriso de alguém pode mudar o seu dia inteiro... ele pode até mudar dias seguidos
De forma positiva ou negativa, obviamente
Mas isso, com certeza, não depende de você

Então, sentindo essa falta do ápice, da euforia e da intensidade das coisas
Vou mantendo o meu friozinho na barriga, lutando pra que ele não vire um enjôo dos brabos.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Nunca é tarde ou distante

Vim gastando meus sapatos
Me livrando de alguns pesos
Perdoando meus enganos
Desfazendo minhas malas
Talvez assim chegar mais perto
Vim achei que eu me acompanhava
E ficava confiante
Outra hora era o nada
A vida presa num barbante
Eu quem dava o nó

Eu lembrava de nós dois mas já cansava de esperar
E tão só eu me sentia e seguia a procurar
Esse algo alguma coisa alguém que fosse me acompanhar

Vem eu sei que tá tão perto
E por que não me responde
Se também tuas esperas te levaram pra bem longe
É longe esse lugar

Vem nunca é tarde ou distante
Pra eu te contar os meus segredos
A vida solta num instante
Tenho coragem tenho medo sim
Que se danem os nós

Se há alguém no ar
Responda se eu chamar
Alguém gritou meu nome?
Ou eu quis escutar...?