segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Encerrando ciclos...

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?


Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.


O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.


Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".


Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará! Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..


E lembra-te: Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.
(Fernando Pessoa)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Déjà Vu.

Sozinha. De novo.
É assim que eu me sinto todos os dias, agora. De novo.
Mesmo quando me encontro cercada por muitas pessoas. Pessoas que me amam e se preocupam comigo.
E ainda assim, me sinto completamente sozinha.

Quantas vezes escondi minhas lágrimas atrás de um sorriso amarelo.
Sorri forçado para que ninguém percebesse o quanto me encontro sozinha. Triste. Vazia. Oca.

Quantas vezes me tranquei no quarto, no banheiro ou no carro só pra poder gritar sem que ninguém me ouvisse.
A única pessoa que eu queria que me escutasse, não está aqui.

Os dias passam, as pessoas passam. Uma música toca. Cenas rodam na minha cabeça.
Nada disso me prende a atenção.
Tudo me passa despercebido. Tudo isso de novo.
O mesmo período de abstinência.
O que eu mais sinto falta em você? Você.

"Nenhuma verdade me machuca
Nenhum motivo me corrói
Até se eu ficar só na vontade, já não dói
Nenhuma doutrina me convence
Nenhuma resposta me satisfaz
Nem mesmo o tédio me surpreende mais

Nenhum sofrimento me comove
Nenhum programa me distrai
A minha alma nem me lembro mais
em que esquina se perdeu
ou em que mundo se enfiou" (Peu Sousa / Pitty)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Dois segundos

Te olho nos olhos e você reclama que te olho muito profundamente.
Desculpa, tudo que vivi foi profundamente.
Eu te ensinei quem sou, e você foi me tirando os espaços entre os abraços...Guarda-me apenas uma fresta.
Eu que sempre fui livre, não importava o que os outros dissessem.
Até onde posso ir para te resgatar?

Reclama de mim, como se houvesse a possibilidade... De me inventar de novo.
Desculpa...se te olho profundamente, rente à pele...
A ponto de ver seus ancestrais nos seus traços.

A ponto de ver a estrada... Muito antes dos seus passos.
Eu não vou separar as minhas vitórias dos meus fracassos.
Eu não vou renunciar a mim nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser.
Vibrante, errante, sujo, livre, quente.

Eu quero estar viva e permanecer te olhando profundamente.

Pedi sua presença por dois segundos.
Mesmo com todas as horas, minutos e segundos de uma noite inteira do seu lado.
Tudo que eu queria era a sua presença, com corpo... e alma.
O seu tempo é assim tão precioso pra eu não poder ter 2 segundos de sua atenção plena?
Sinto-me como se estivesse o tempo todo amordaçada.
Sufocada, vendada, sem conseguir enxergar bem no fundo dos teus olhos quem você já foi um dia.

O que temos agora é vazio, oco, chega a fazer eco.
Você está lá, mas ao mesmo tempo, não te sinto verdadeiramente do meu lado.
2 segundos... e você me negou.
Sem nem ao menos saber que o que eu mais queria, era te olhar nos olhos... e nada mais.

(Ana Carolina e Luciana Tavares).

Muito estranho...

Mas se um dia eu chegar
Muito estranho
Deixa essa água no corpo
Lembrar nosso banho...

Mas se um dia eu chegar
Muito louco
Deixa essa noite saber
Que um dia foi pouco...

Cuida bem de mim
Então misture tudo
Dentro de nós

Porque ninguém vai dormir
Nosso sonho...
Minha cara pra que tantos planos?
Se quero te amar e te amar
E te amar muitos anos...

Tantas vezes eu quis
Ficar solto
Como se fosse uma lua
A brincar no teu rosto

Cuida bem de mim
Então misture tudo
Dentro de nós
Porque ninguém vai dormir
Nosso sonho...

(Cláudio Rabello - Dalto)
Melhor interpretação: Nando Reis.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Ponto de vista.

Como é possível a mesma cena que vimos repetidas vezes ser tão diferente aos olhos a cada vez que a olhamos?
Os dias são todos iguais. O sol nasce, a tarde cai, a lua vem.
Chuva é chuva em qualquer lugar do mundo.
O vento frio daqui é o mesmo de lá.

E porque diabos a cada dia que passa temos uma percepção diferente da 'mesma coisa'?
Hoje acordei melancólica. Tudo me pareceu cinza e sem graça.
Mas o céu estava azul. O sol estava brilhando como sempre.
Pra mim, os tons de cinza estavam mais fortes do que nunca.
O trânsito mais pesado, as pessoas mal humoradas, as ruas feias e tristes.
Tudo está igual. De uma forma diferente.

Como pode o simples fato de não ter notícias suas ser assim tão desastrosamente influenciável no meu ponto de vista? O simples fato de uma distância de poucos quilômetros (e ao mesmo tempo isso ser tão longe), fazer com que o meu dia seja mais triste e sem graça?

Quando você vem, o sol brilha.
Quando você está aqui, o mundo me sorri.
Consigo olhar com outros olhos a mesmice do dia a dia de forma maravilhosamente agradável.
Ultimamente tem sido tudo assim... Um dia, 'a vida é bela', e no outro 'que graça tem?'
Que graça tem ouvir o barulho do mar se quando eu olho pro lado você não está ali?
De que vale respirar tão fundo o ar puro da Floresta da Tijuca se meus pés estão cansados, tanto quanto a minha mente, de te procurar sem te achar à minha volta?

Sim, você foi embora. E fui eu quem ficou com tudo que é seu.
Seu cheiro, seu sorriso, suas lembranças, suas digitais.
Mas não há nada melhor do que um dia após o outro. E talvez o dia pode voltar a ser de céu azul com sol quente e acolhedor.
Dessa forma, quem sabe um dia você volta? Ou tudo que há de você em mim vai embora e me deixa em paz de uma vez por todas?

"Vivemos esperando o dia em que seremos melhores. Melhores no amor. Melhores na dor. Melhores em tudo. Dias melhores virão..." (Rogério Flausino)

Amor?

Nunca amamos ninguém. Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém. É a um conceito nosso - em suma, é a nós mesmos - que amamos. Isso é verdade em toda a escala do amor.


No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho. No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de ...uma ideia nossa.

(Fernando Pessoa)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Enraizada.

Tem dias que tudo que a gente quer é sumir.
Nao 'sumir' propriamente dito, como desaparecer da Terra.
Mas fugir pra outro lugar, viajar pra um país onde ninguém te conheça, ninguém saiba o seu nome.
Ficar a milhas e milhas de distância de toda e qualquer lembrança que nos faz sofrer.

Mas... eu não sou assim.
Quero dizer, a vontade de sumir eu tenho, mas já me conformei que sou uma pessoa "enraizada".
Estava agora mesmo conversando com uma amiga sobre isso.
Eu não consigo 'sumir'.
Isso me fez lembrar de uma estória ao mesmo tempo triste e engraçada (vendo hoje, por um ponto de vista diferente, é claro).
Em 2005 eu tive uma dessas 'vontades de sumir'.
Na época, queria fugir da dor da perda de uma pessoa, na verdade um rompímento doloroso demais.
Não estava suportanto tanta angústia quando uma amiga me liga e diz "vamos viajar? Passar uns dias num sítio?".
Não pensei duas vezes e logo aceitei o convite.

Arrumei a mala correndo e logo minha amiga chegou pra me buscar. Uma galerinha indo aproveitar um fim de semana de sol num sítio com piscina bem longe daqui. Tá bom, né?
Eu, uma fortaleza só! Quem diria... Saiu pra viajar sem avisar o 'ex-atual-namorado' que eu tanto amava, mas estava brigada com ele.
Respirei fundo e lá fui eu, criei coragem e uma força que nem eu acreditei.
Já no carro me arrependi de ter ido. Foi assim... imediato.
As amigas cantando, conversando, tentando me animar com a promessa "a viagem vai ser ótima!"

Sim, claro... 'aham'.
Eu de carona nem tinha como pegar o primeiro retorno e sair correndo pra casa e pros braços do 'ex-atual-namorado'. Que saco! Booooooooooooooaaaa, Luciana! Não sabe nem se 'revoltar' direito. Bela rebelde que você é.
Enfim, chegamos no tal sítio. Já tinha ido pra lá antes uns anos atrás e o lugar é divino.
Mas dessa vez eu´só pensava "estou longe da minha casa, longe do que é meu, longe dele, ahhhhhhhhhhhhhh".
Um desespero e fobia começaram a tomar conta de mim. Passei o dia inteiro chorando, até a noite.
Uma festinha boa rolando lá fora e eu dentro da casa, sozinha, trancada num quarto, chorando...
As amigas vinham tentar intervir, e eu só pensava "distância chata, tô longe de tudo, o que eu tô fazendo aqui?"
Obviamente que a gente odeia ser estraga-prazer e cortar o barato da galera animadíssima em volta da piscina. Mas as pessoas viram que eu estava tão mal, mas tão mal, que resolveram me levar de madrugada mesmo pra rodoviária da cidade. O nome da cidade? Lumiar, perto de Nova Friburgo. Pois é, eu estava somente a 2 horas de casa.
A viagem foi angustiante. Mesmo sabendo que estava indo pra perto de tudo que é meu, a cada minuto eu ficava mais ansiosa pela chegada.

Quando cheguei em casa... agora sim! Estava aliviada. Claro que peguei o telefone e liguei pra quem? Pra ele...
Hoje quando penso nisso acho engraçado. Como pode ser assim tão enraizada? Admiro aquelas pessoas que viajam e passam 1 ano fora do país. Acho incrível! Eu não consigo. Já percebi. Pelo menos não sozinha, ainda mais se estiver com alguma 'pendência' a resolver como era esse o caso.
Acho que se um dia eu ganhar uma viagem pra Disney, por exemplo, com tudo pago, a primeira coisa que vai passar pela minha cabeça é "e agora? o que eu faço com isso? alguém quer???"
Pesquisei e vi que isso tem um nome: Agorafobia - medo de lugares abertos, de estar na multidão, lugares públicos ou deixar lugar seguro.

Hoje estou assim, querendo "sumir". Mas sei o quanto é ruim estar longe de tudo e de todos, então paro, penso, respiro fundo e só espero.
Mas esperar... ah, esperar dói!

Pra esse post, lembrei das seguintes pessoas: Renata Cordeiro (a amiga que convidou pra viajar), Renata Amaral e Rafael (as duas pessoas que me levaram pra rodoviária na madruga, rs), Amanda Luz (a best friend de todos os tempos, com quem eu falei hoje mesmo sobre ser 'enraizada') e "ele" (o ex).

"O Amor não deveria ser exigente, senão, ele perde as asas e não pode voar, torna-se enraizado na terra e fica muito mundano". (Osho)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Sangrando

Mesmo depois de tantos anos, é incrível a força que tem sobre mim.
Não, eu não gostaria de me sentir assim. E não, eu não são feliz assim.
Não é que a culpa seja sua, pois como já conversamos, existem coisas que fogem de nosso alcance.
Assim como eu não controlo, acredito que esteja sendo sincero quando diz que não pode fazer nada a respeito.

Mas como é ruim sentir o que eu sinto. E pior ainda é sentir e não poder resolver, debater, conversar com você sobre isso. Porque não, você não está no mesmo estado que eu.
E dessa forma, sigo sangrando.
O termo que usei ainda hoje foi "desviscerada". Ouvi em algum lugar e entendi tão perfeitamente, tão claramente... Me caiu como uma luva... feita sob medida.
"Desviscerada". É assim que me sinto. Vazia. Oca. Como se não existesse conteúdo, memórias, nada além de você dentro de mim.
E agora, até você foi embora.

Não que tivesse de fato voltado algum dia, mas quando passamos tanto tempo esperando por alguma coisa e essa coisa vem, queremos aproveitar ao máximo e que isso dure uma eternidade.
Na verdade está claro pra mim. Claro até demais.
Mas é verdade que eu não quero enxergar as coisas como elas são (agora) e muito menos aceitar e afirmar que tudo se perdeu nos anos.

Alguém me disse "eu sei que é difícil".
Não... difícil é acertar uma maçã com um arco e flecha, fazer uma cesta de 3 pontos sem ter experiência, ganhar um campeonato de dança sem nunca ter dançado.
O que estou passando é muito mais do que difícil.
Vai além do impossível. Porque não há uma saída. Não me apresentaram opções do caminho a seguir. Não existe solução que resolva e nem remédio que cure.
Eu não sou você. Não estou dentro de você. E se eu fosse você talvez o meu 'problema' já estaria resolvido, ou de fato ele nunca teria existido.

Somente você poderia vir e me dar a cura.
A cura pro que eu sinto há tanto tempo.
Mas você não vem. E isso já me foi anunciado. Você não virá...
O que eu faço agora? Perder duas vezes significa que eu deva abandonar o 'barco' e seguir andando?
O que eu faço? Apenas continuo sangrando...?

Não tem o que esperar. Não dá pra continuar à sombra de algo que não existe mais.
De qualquer forma, obrigada.
Por tudo...
... até hoje.
Hoje se encerra mais um ciclo. A porta se fecha. O livro é fechado. O buraco é tapado. A última peça do quebra cabeças foi colocada. O filme acabou. FIM.
E na falta de opções, sem saber o que fazer, continuo aqui... E sangrando.

"É uma decepção diferente: não penso obsessivamente, não tenho vontade nenhuma de ligar nem de escrever cartas, não tenho ódio nem vontade de chorar. Em compensação, também não tenho vontade de mais nada". (Caio F. Abreu).

sábado, 6 de novembro de 2010

Aqui.. Sou eu quem te adora.

Aqui...

Eu nunca disse que iria ser
A pessoa certa pra você
Mas sou eu quem te adora

Se fico um tempo sem te procurar
É pra saudade nos aproximar
E eu já não vejo a hora

Eu não consigo esconder
Certo ou errado, eu quero ter você
Ei, você sabe que eu não sei jogar
Não é meu dom representar

Não dá pra disfarçar
Eu tento aparentar frieza mas não dá
É como uma represa pronta pra jorrar
Querendo iluminar
A estrada, a casa, o quarto onde você está

Não dá pra ocultar
Algo preso quer sair do meu olhar
Atravessar montanhas e te alcançar
Tocar o seu olhar
Te fazer me enxergar e se enxergar em mim

Aqui
Agora que você parece não ligar
Que já não pensa e já não quer pensar
Dizendo que não sente nada

Estou lembrando menos de você
Falta pouco pra me convencer
Que sou a pessoa errada

Eu não consigo esconder
Certo ou errado, eu quero ter você
Ei, você sabe que eu não sei jogar
Não é meu dom representar
Não dá pra disfarçar
Eu tento aparentar frieza mas não dá
É como uma represa pronta pra jorrar
Querendo iluminar
A estrada, a casa, o quarto onde você está

Não dá pra ocultar
Algo preso quer sair do meu olhar
Atravessar montanhas e te alcançar
Tocar o seu olhar
Te fazer me enxergar e se enxergar em mim
Em mim... Aqui

(Ana Carolina)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

I miss you...

Hello there the angel from my nightmare
The shadow in backround of the morgue
The unsespecting victim of darkness in the valley
We can live like Jack and Sally if we want
Where you can always find me
And we'll have Halloween on Christmas
And in the night we'll wish this never ends
We'll wish this never end

Where are you and I'm so sorry
I cannot sleep I cannot dream tonight
I need somebody and always
This sick strange darkness comes creeping on so haunting everytime

And as I stared I counted the webs from all the spiders
catching things and eating their insides
Like indecision to call you
And hear your voice of treason
Will you come home and stop this pain tonight
stop this pain tonight

Don't waste your time on me your already the voice inside my head
I miss you miss you

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Remar. Re-amar. Amar.

Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também. Tá me entendendo? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa ser do jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou.

Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também. Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar.

Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena.


Remar. Re-amar. Amar.
 
"Não importa quanto vá durar – é infinito agora".
 
(Caio F. Abreu)