terça-feira, 16 de novembro de 2010

Ponto de vista.

Como é possível a mesma cena que vimos repetidas vezes ser tão diferente aos olhos a cada vez que a olhamos?
Os dias são todos iguais. O sol nasce, a tarde cai, a lua vem.
Chuva é chuva em qualquer lugar do mundo.
O vento frio daqui é o mesmo de lá.

E porque diabos a cada dia que passa temos uma percepção diferente da 'mesma coisa'?
Hoje acordei melancólica. Tudo me pareceu cinza e sem graça.
Mas o céu estava azul. O sol estava brilhando como sempre.
Pra mim, os tons de cinza estavam mais fortes do que nunca.
O trânsito mais pesado, as pessoas mal humoradas, as ruas feias e tristes.
Tudo está igual. De uma forma diferente.

Como pode o simples fato de não ter notícias suas ser assim tão desastrosamente influenciável no meu ponto de vista? O simples fato de uma distância de poucos quilômetros (e ao mesmo tempo isso ser tão longe), fazer com que o meu dia seja mais triste e sem graça?

Quando você vem, o sol brilha.
Quando você está aqui, o mundo me sorri.
Consigo olhar com outros olhos a mesmice do dia a dia de forma maravilhosamente agradável.
Ultimamente tem sido tudo assim... Um dia, 'a vida é bela', e no outro 'que graça tem?'
Que graça tem ouvir o barulho do mar se quando eu olho pro lado você não está ali?
De que vale respirar tão fundo o ar puro da Floresta da Tijuca se meus pés estão cansados, tanto quanto a minha mente, de te procurar sem te achar à minha volta?

Sim, você foi embora. E fui eu quem ficou com tudo que é seu.
Seu cheiro, seu sorriso, suas lembranças, suas digitais.
Mas não há nada melhor do que um dia após o outro. E talvez o dia pode voltar a ser de céu azul com sol quente e acolhedor.
Dessa forma, quem sabe um dia você volta? Ou tudo que há de você em mim vai embora e me deixa em paz de uma vez por todas?

"Vivemos esperando o dia em que seremos melhores. Melhores no amor. Melhores na dor. Melhores em tudo. Dias melhores virão..." (Rogério Flausino)

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