Há uma semana mudei radicalmente a minha vida e me mudei do calor do Rio de Janeiro (que mesmo no Outono é quente pra caramba), pro frio glacial de Petrópolis. Quem me conhece já deve saber o quanto estou sofrendo com esse clima...
Aqui faz muito frio. Tá, isso eu já sabia. Mas passar um feriado ou fim de semana pra curtir o lugar é bem diferente de morar...
Tô sentindo um friiiiio absurdo! Rs.
Está tudo mil vezes mais difícil de se fazer, principalmente as coisas mais banais como tomar banho, cozinhar, lavar a louça...
Acordar de madrugada pra fazer xixi agora me dá vontade de chorar! É sério, virou tarefa difícil...
Outro dia marcou 3 graus de madrugada. Se eu não tivesse a cia perfeita do meu namorido, seria bem complicado viver aqui.
Uma semaninha e os hábitos mudam tanto.
Estamos em busca de um bom aquecedor e um chuveiro melhor ainda porque esses são dois itens MUITO importantes por aqui.
Aí vejo as fotos nas redes sociais dos amigos que estão no Rio, em pleno Outono curtindo uma praiana... Hummmmm, que invejinha.
Adoro o calor, adoro praia, amo o sol quente.
Estou na torcida pra que Outono e Inverno passem voando (e certamente nao passarão sem serem notados), para que Primavera e Verão me provem que aqui também faz sol.
Enquanto isso... vamos vivendo entre meias, pantufas, taças de vinho e muitos edredons pra espantar o frio.
terça-feira, 3 de junho de 2014
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Tempo Certo
Honestamente eu não costumo gostar das coisas que o Paulo Coelho escreve. Como todo mundo ele tem uma visão muito particular sobre tudo, mas a minha visão sobre a dele é que ele está sempre tentando pregar o ponto de vista dele como uma verdade absoluta, e isso me irrita bastante, rs.
Mas recebi esse texto agora há pouco de uma amiga (Carolina Esteves) e achei bem pertinente para o momento, além de ter lá a sua coerência...
Tempo Certo
De uma coisa podemos ter certeza:
De nada adianta querer apressar as coisas;
tudo vem ao seu tempo, dentro do prazo que lhe foi previsto.
Mas a natureza humana não é muito paciente.
Temos pressa em tudo, aí acontecem os atropelos do destino,
aquela situação que você mesmo provoca por pura ansiedade de não aguardar o Tempo Certo.
Mas alguém poderia dizer:
Mas qual é esse tempo certo?
Bom, basta observar os sinais...
Quando alguma coisa está para acontecer ou chegar até sua vida,
pequenas manifestações do cotidiano, enviarão sinais indicando o caminho certo.
Pode ser a palavra de um amigo, um texto lido, uma observação qualquer;
mas com certeza, o sincronismo se encarregará de colocar você
no lugar certo, na hora certa, no momento certo,
diante da situação ou da pessoa certa.
Basta você acreditar que nada acontece por acaso.
E talvez seja por isso que você esteja agora lendo essas linhas...
Tente observar melhor o que está a sua volta.
Com certeza alguns desses sinais já estão por perto, e você nem os notou ainda.
Lembre-se que:
O universo sempre conspira a seu favor,
quando você possui um objetivo claro e uma disponibilidade de crescimento.
(Paulo Coelho)
Mas recebi esse texto agora há pouco de uma amiga (Carolina Esteves) e achei bem pertinente para o momento, além de ter lá a sua coerência...
Tempo Certo
De uma coisa podemos ter certeza:
De nada adianta querer apressar as coisas;
tudo vem ao seu tempo, dentro do prazo que lhe foi previsto.
Mas a natureza humana não é muito paciente.
Temos pressa em tudo, aí acontecem os atropelos do destino,
aquela situação que você mesmo provoca por pura ansiedade de não aguardar o Tempo Certo.
Mas alguém poderia dizer:
Mas qual é esse tempo certo?
Bom, basta observar os sinais...
Quando alguma coisa está para acontecer ou chegar até sua vida,
pequenas manifestações do cotidiano, enviarão sinais indicando o caminho certo.
Pode ser a palavra de um amigo, um texto lido, uma observação qualquer;
mas com certeza, o sincronismo se encarregará de colocar você
no lugar certo, na hora certa, no momento certo,
diante da situação ou da pessoa certa.
Basta você acreditar que nada acontece por acaso.
E talvez seja por isso que você esteja agora lendo essas linhas...
Tente observar melhor o que está a sua volta.
Com certeza alguns desses sinais já estão por perto, e você nem os notou ainda.
Lembre-se que:
O universo sempre conspira a seu favor,
quando você possui um objetivo claro e uma disponibilidade de crescimento.
(Paulo Coelho)
domingo, 11 de setembro de 2011
Lama nas ruas
Deixa
Desaguar tempestade
Inundar a cidade
Porque arde um sol dentro de nós
Queixas
Sabes bem que não temos
E seremos serenos
Sentiremos prazer no tom da nossa voz
Veja
O olhar de quem ama
Não reflete um drama, não
É a expressão mais sincera, sim
Vim pra provar que o amor quando é puro
Desperta e alerta o mortal
Aí é que o bem vence o mal
Deixa a chuva cair, que o bom tempo há de vir...
Quando o amor decidir mudar o visual
Trazendo a paz no sol
Que importa se o tempo lá fora vai mal
Que importa?
Se há
Tanta lama nas ruas
E o céu
É deserto e sem brilho de luar
Se o clarão da luz
Do teu olhar vem me guiar
Conduz meus passos
Por onde quer que eu vá...
( Zeca Pagodinho e Almir Guineto)
Desaguar tempestade
Inundar a cidade
Porque arde um sol dentro de nós
Queixas
Sabes bem que não temos
E seremos serenos
Sentiremos prazer no tom da nossa voz
Veja
O olhar de quem ama
Não reflete um drama, não
É a expressão mais sincera, sim
Vim pra provar que o amor quando é puro
Desperta e alerta o mortal
Aí é que o bem vence o mal
Deixa a chuva cair, que o bom tempo há de vir...
Quando o amor decidir mudar o visual
Trazendo a paz no sol
Que importa se o tempo lá fora vai mal
Que importa?
Se há
Tanta lama nas ruas
E o céu
É deserto e sem brilho de luar
Se o clarão da luz
Do teu olhar vem me guiar
Conduz meus passos
Por onde quer que eu vá...
( Zeca Pagodinho e Almir Guineto)
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
A melhor coisa que não me aconteceu
Antes do ator Daniel Craig ser confirmado como o primeiro James Bond loiro do cinema, em 2006, havia uma onda de boatos que prenunciava Clive Owen no papel. Lendo uma entrevista com Owen, ele disse que essa foi a melhor coisa que nunca lhe aconteceu, pois quanto mais ele negava a informação, mais se falava sobre ele. É uma maneira de se divertir com o destino, mas a frase que ele usou é tão boa que deixemos o bonitão pra lá e vamos adiante: qual foi a melhor coisa que nunca lhe aconteceu?
Comigo, acho que foi aos 14 anos de idade. Eu iria para a Disney com a família e alguns primos. Estava ansiosa pela viagem, quase não dormia à noite. Seria minha primeira vez no Exterior, um acontecimento. No entanto, uns 10 dias antes de embarcar, o governo estabeleceu um tal imposto compulsório que tornou a viagem proibitiva. Fim de sonho: não haveria grana para bancar a aventura. Os passaportes novinhos em folha foram para o fundo da gaveta e eu passei mais algumas noites sem dormir, só que dessa vez de tristeza.
Era julho e minhas férias escolares se resumiriam a ficar em casa. Porém, haveria uma excursão do colégio para a Bahia, e muitas de minhas colegas de aula iriam. Pensei: nada mal como prêmio de consolação, trocar o Mickey pelo Pelourinho. O preço era uma merreca se comparada a uma viagem aos States. De ônibus até Salvador, imperdível! Virei, mexi, implorei, consegui a última vaga e fui. Resultado: voltei com meia-dúzia de amizades tão fortalecidas que, até hoje, somos como irmãs. Tenho certeza de que se eu não houvesse viajado com elas, eu jamais teria entrado para o grupo a que pertenço com orgulho até hoje. A Disney foi a melhor coisa que nunca me aconteceu.
Fico imaginando as histórias que podem não ter acontecido com você. Namorar uma pessoa por oito anos e romper dias antes de subir ao altar: não ter casado pode ter sido a melhor coisa que nunca lhe aconteceu, vá saber o que o destino lhe ofereceu em troca. Ou você não ter passado num concurso. Nunca ter recebido a ligação que tanto esperava. Nunca ter recuperado um objeto perdido que o deixava preso a lembranças paralisantes. Ter ficado com fama de ter sido o grande amor de uma modelo espetacular: na verdade, ela nunca olhou pra você, mas um mal-entendido fez com que muitos acreditassem na lenda e até hoje você recebe os dividendos: foi a melhor coisa que nunca lhe aconteceu.
É uma visão generosa da vida: imaginar que os não-acontecimentos fizeram diferença, que você está onde está não só por causa das escolhas que fez, mas também pelas especulações que nunca se confirmaram. Ao manter esse caráter desestressado, eliminamos a palavra derrota do nosso vocabulário e a alma fica mais aliviada, o que não é pouca coisa nesse mundo em que tanta gente parece pesar toneladas devido ao mau-humor e ao pessimismo. Cá entre nós, viajar de Porto Alegre até Salvador de ônibus para passar três dias e voltar, e achar isso uma beleza, é a prova de que ter o espírito aberto funciona.
(Martha Medeiros).
Comigo, acho que foi aos 14 anos de idade. Eu iria para a Disney com a família e alguns primos. Estava ansiosa pela viagem, quase não dormia à noite. Seria minha primeira vez no Exterior, um acontecimento. No entanto, uns 10 dias antes de embarcar, o governo estabeleceu um tal imposto compulsório que tornou a viagem proibitiva. Fim de sonho: não haveria grana para bancar a aventura. Os passaportes novinhos em folha foram para o fundo da gaveta e eu passei mais algumas noites sem dormir, só que dessa vez de tristeza.
Era julho e minhas férias escolares se resumiriam a ficar em casa. Porém, haveria uma excursão do colégio para a Bahia, e muitas de minhas colegas de aula iriam. Pensei: nada mal como prêmio de consolação, trocar o Mickey pelo Pelourinho. O preço era uma merreca se comparada a uma viagem aos States. De ônibus até Salvador, imperdível! Virei, mexi, implorei, consegui a última vaga e fui. Resultado: voltei com meia-dúzia de amizades tão fortalecidas que, até hoje, somos como irmãs. Tenho certeza de que se eu não houvesse viajado com elas, eu jamais teria entrado para o grupo a que pertenço com orgulho até hoje. A Disney foi a melhor coisa que nunca me aconteceu.
Fico imaginando as histórias que podem não ter acontecido com você. Namorar uma pessoa por oito anos e romper dias antes de subir ao altar: não ter casado pode ter sido a melhor coisa que nunca lhe aconteceu, vá saber o que o destino lhe ofereceu em troca. Ou você não ter passado num concurso. Nunca ter recebido a ligação que tanto esperava. Nunca ter recuperado um objeto perdido que o deixava preso a lembranças paralisantes. Ter ficado com fama de ter sido o grande amor de uma modelo espetacular: na verdade, ela nunca olhou pra você, mas um mal-entendido fez com que muitos acreditassem na lenda e até hoje você recebe os dividendos: foi a melhor coisa que nunca lhe aconteceu.
É uma visão generosa da vida: imaginar que os não-acontecimentos fizeram diferença, que você está onde está não só por causa das escolhas que fez, mas também pelas especulações que nunca se confirmaram. Ao manter esse caráter desestressado, eliminamos a palavra derrota do nosso vocabulário e a alma fica mais aliviada, o que não é pouca coisa nesse mundo em que tanta gente parece pesar toneladas devido ao mau-humor e ao pessimismo. Cá entre nós, viajar de Porto Alegre até Salvador de ônibus para passar três dias e voltar, e achar isso uma beleza, é a prova de que ter o espírito aberto funciona.
(Martha Medeiros).
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Sumir com os sinais do passado na vida do outro é uma tarefa impossível
Morava em uma das gavetas do meu guarda-roupa, até a semana passada, uma meia de lã verde que pertenceu ao avô de uma ex- namorada. A meia, de tão velha, estava transparente nos calcanhares. O avô, que eu não conheci, morreu há mais de uma década. E a ex-namorada, faz tempo, é feliz com outro homem.
Mesmo assim, a meia seguia comigo.
De vez em quando, nas noites de inverno, ela saia da gaveta e me ajudava a dormir quentinho – e esse era a desculpa oficial para a sua permanência duradoura na minha casa e na minha vida.
Mas seria apenas isso? Não.
Como tantas outras coisas espalhadas por gavetas, paredes, armários, cabides, penteadeiras e até na porta da geladeira da minha casa, a meia de lã verde era um pedaço de memória. Estava lá para materializar um pedaço gostoso do passado e tentar impedir que ele sumisse.
Sei que há pessoas que não se interessam muito pelo que passou. Gente que vira as costas rapidamente para ontem e com rapidez ainda maior começa de novo, amanhã. Gente desapegada, que sai da vida dos outros deixando tudo para trás: móveis, afetos, objetos, fotografias, lembranças, meias...
Eu não.
A minha casa é o museu da minha vida. Quem passou por uma vai deixando sinais no outro. Fotos, cartas, entradas de cinema, meias...
Outro dia, procurando um documento, dei de cara com uma caixa azul cheia de cartas e bilhetes. Havia muita coisa antiga ali, de vários tamanhos e densidades. Fiquei bestificado e comovido. Mulheres apaixonadas ou desiludidas escrevem lindamente. Quando o amor acabou, quando aquela dor antiga já não faz mais sentido, o sentimento registrado em letra trêmula ou determinada ainda vibra – e nos transmite a sensação, deliciosa, de haver vivido. E ter estado em boa companhia.
Mas nem todo mundo entende assim.
Às vezes, uma mulher entra na vida de um homem determinada a apagar o passado. Não basta a ela um lugar no presente. Ela precisa limpar, com a energia e detergente, a memória do que passou. Sai farejando pelos cantos os restos deixados pela outra. De quem é essa camiseta de mulher? Por que você guarda esse guarda-chuva colorido? O que tem de especial nesses cristais?
Sumir com os sinais do passado na vida do outro, porém, é claramente uma tarefa impossível.
Primeiro, por que você não sabe contra o quê está brigando. A inimiga pode estar em toda parte. A cueca que seu namorado usa, por exemplo, por ter sido um presente da anterior. Ou o lençol no qual vocês dormem felizes. A camiseta de corrida que ele adora? Pois é... Aquele vaso bonito da sala, sabe qual? Foi ela quem escolheu numa viagem. A gravata bonita que ele usou no casamento? É do irmão dela. Ele nunca devolveu. Aliás, aquela camiseta que ela empresta quando você dorme na casa dela: grande, né?
Outra razão pela qual o passado é inexpugnável: aquilo que está no guarda-roupa ou na cristaleira é apenas a parte visível da memória e dos afetos. O que vai por dentro, muito mais importante, é invisível ao olhar. Não dá para brigar com as lembranças que o seu homem carrega dentro dele. Se ele escuta uma música no rádio do carro e sorri, o que você diz? Se vocês viajam a uma cidade em que ele já esteve, o que você sente? Se ele para, absorto, relendo a dedicatória de um livro, como você faz?
Ao contrário do presente, o passado não pode ser destruído ou alterado. Se tomar formas inocentes no presente – um quadro na parede, um comentário passageiro – isso é positivo. Demonstra uma saudável conexão com a própria biografia. Há algo de errado com as pessoas que encobrem seu passado como quem pinta a parede uma vez por ano. Por que é tão difícil confrontá-lo ou tão necessário evitá-lo? Melhor que ele exista e esteja em paz.
Tenho um amigo que, antes de se casar, deixou a futura mulher queimar o seu colchão de solteiro. Era um exorcismo bem-humorado e carinhoso, mas o diabo, mesmo assim, voltou. Depois de um bom tempo, mas voltou. Uma legião deles, na verdade.
Se as leitoras e leitores me permitissem um palpite, eu deixaria em paz as lembranças da outra. Ou do outro.
O que há demais numa camiseta cor de rosa que vive quietinha no fundo de uma gaveta? Nada. Aquele capacete tamanho G que dorme há anos embaixo da cama – qual o problema, rapaz? O motoqueiro não está mais lá. A galeria de rostos na moldura da Tok-Stok não sorri para você, mas isso é só um detalhe. Seu namorado está ótimo nas fotos. Há restos de decoração da outra pela casa toda? Nenhum problema: ela tinha um gosto divertido e, de qualquer maneira, o fulano gosta da decoração e da lembrança, não necessariamente da fulana.
Se isso ainda não bastar para você encarar o apego ao passado do seu homem com alguma tolerância, sugiro um argumento que eu uso comigo e que tem me ajudado a evitar o ciúme do pretérito: o efeito Orloff.
“Eu sou esse cara amanhã”.
Um dia, se esta relação acabar, eu não quero ser demonizado, exorcizado e depois esquecido como um sonho ruim. Não gostaria que as minhas fotos fossem apagadas do hard-disk (ok, tirar do Facebook eu entendo...). Não queria que as roupas que eu dei fossem jogadas fora, que as páginas de dedicatória dos livros fossem arrancadas, que a luminária que me deu tanto trabalho instalar na casa dela fosse trocada por outra, mais feia, apenas para me tirar do quarto.
Mas eu sou apegado – e, à minha própria maneira, realista. Prefiro ver uma meia na gaveta a não ver absolutamente nada. As meias eu sei que um dia serão jogadas fora. O nada eu sei que não existe.
(Ivan Martins)
Mesmo assim, a meia seguia comigo.
De vez em quando, nas noites de inverno, ela saia da gaveta e me ajudava a dormir quentinho – e esse era a desculpa oficial para a sua permanência duradoura na minha casa e na minha vida.
Mas seria apenas isso? Não.
Como tantas outras coisas espalhadas por gavetas, paredes, armários, cabides, penteadeiras e até na porta da geladeira da minha casa, a meia de lã verde era um pedaço de memória. Estava lá para materializar um pedaço gostoso do passado e tentar impedir que ele sumisse.
Sei que há pessoas que não se interessam muito pelo que passou. Gente que vira as costas rapidamente para ontem e com rapidez ainda maior começa de novo, amanhã. Gente desapegada, que sai da vida dos outros deixando tudo para trás: móveis, afetos, objetos, fotografias, lembranças, meias...
Eu não.
A minha casa é o museu da minha vida. Quem passou por uma vai deixando sinais no outro. Fotos, cartas, entradas de cinema, meias...
Outro dia, procurando um documento, dei de cara com uma caixa azul cheia de cartas e bilhetes. Havia muita coisa antiga ali, de vários tamanhos e densidades. Fiquei bestificado e comovido. Mulheres apaixonadas ou desiludidas escrevem lindamente. Quando o amor acabou, quando aquela dor antiga já não faz mais sentido, o sentimento registrado em letra trêmula ou determinada ainda vibra – e nos transmite a sensação, deliciosa, de haver vivido. E ter estado em boa companhia.
Mas nem todo mundo entende assim.
Às vezes, uma mulher entra na vida de um homem determinada a apagar o passado. Não basta a ela um lugar no presente. Ela precisa limpar, com a energia e detergente, a memória do que passou. Sai farejando pelos cantos os restos deixados pela outra. De quem é essa camiseta de mulher? Por que você guarda esse guarda-chuva colorido? O que tem de especial nesses cristais?
Sumir com os sinais do passado na vida do outro, porém, é claramente uma tarefa impossível.
Primeiro, por que você não sabe contra o quê está brigando. A inimiga pode estar em toda parte. A cueca que seu namorado usa, por exemplo, por ter sido um presente da anterior. Ou o lençol no qual vocês dormem felizes. A camiseta de corrida que ele adora? Pois é... Aquele vaso bonito da sala, sabe qual? Foi ela quem escolheu numa viagem. A gravata bonita que ele usou no casamento? É do irmão dela. Ele nunca devolveu. Aliás, aquela camiseta que ela empresta quando você dorme na casa dela: grande, né?
Outra razão pela qual o passado é inexpugnável: aquilo que está no guarda-roupa ou na cristaleira é apenas a parte visível da memória e dos afetos. O que vai por dentro, muito mais importante, é invisível ao olhar. Não dá para brigar com as lembranças que o seu homem carrega dentro dele. Se ele escuta uma música no rádio do carro e sorri, o que você diz? Se vocês viajam a uma cidade em que ele já esteve, o que você sente? Se ele para, absorto, relendo a dedicatória de um livro, como você faz?
Ao contrário do presente, o passado não pode ser destruído ou alterado. Se tomar formas inocentes no presente – um quadro na parede, um comentário passageiro – isso é positivo. Demonstra uma saudável conexão com a própria biografia. Há algo de errado com as pessoas que encobrem seu passado como quem pinta a parede uma vez por ano. Por que é tão difícil confrontá-lo ou tão necessário evitá-lo? Melhor que ele exista e esteja em paz.
Tenho um amigo que, antes de se casar, deixou a futura mulher queimar o seu colchão de solteiro. Era um exorcismo bem-humorado e carinhoso, mas o diabo, mesmo assim, voltou. Depois de um bom tempo, mas voltou. Uma legião deles, na verdade.
Se as leitoras e leitores me permitissem um palpite, eu deixaria em paz as lembranças da outra. Ou do outro.
O que há demais numa camiseta cor de rosa que vive quietinha no fundo de uma gaveta? Nada. Aquele capacete tamanho G que dorme há anos embaixo da cama – qual o problema, rapaz? O motoqueiro não está mais lá. A galeria de rostos na moldura da Tok-Stok não sorri para você, mas isso é só um detalhe. Seu namorado está ótimo nas fotos. Há restos de decoração da outra pela casa toda? Nenhum problema: ela tinha um gosto divertido e, de qualquer maneira, o fulano gosta da decoração e da lembrança, não necessariamente da fulana.
Se isso ainda não bastar para você encarar o apego ao passado do seu homem com alguma tolerância, sugiro um argumento que eu uso comigo e que tem me ajudado a evitar o ciúme do pretérito: o efeito Orloff.
“Eu sou esse cara amanhã”.
Um dia, se esta relação acabar, eu não quero ser demonizado, exorcizado e depois esquecido como um sonho ruim. Não gostaria que as minhas fotos fossem apagadas do hard-disk (ok, tirar do Facebook eu entendo...). Não queria que as roupas que eu dei fossem jogadas fora, que as páginas de dedicatória dos livros fossem arrancadas, que a luminária que me deu tanto trabalho instalar na casa dela fosse trocada por outra, mais feia, apenas para me tirar do quarto.
Mas eu sou apegado – e, à minha própria maneira, realista. Prefiro ver uma meia na gaveta a não ver absolutamente nada. As meias eu sei que um dia serão jogadas fora. O nada eu sei que não existe.
(Ivan Martins)
O amor bom é facinho
Há conversas que nunca terminam e dúvidas que jamais desaparecem. Sobre a melhor maneira de iniciar uma relação, por exemplo. Muita gente acredita que aquilo que se ganha com facilidade se perde do mesmo jeito. Acham que as relações que exigem esforço têm mais valor. Mulheres difíceis de conquistar, homens difíceis de manter, namoros que dão trabalho - esses tendem a ser mais importantes e duradouros. Mas será verdade?
Eu suspeito que não.
Acho que somos ensinados a subestimar quem gosta de nós. Se a garota na mesa ao lado sorri em nossa direção, começamos a reparar nos seus defeitos. Se a pessoa fosse realmente bacana não me daria bola assim de graça. Se ela não resiste aos meus escassos encantos é uma mulher fácil – e mulheres fáceis não valem nada, certo? O nome disso, damas e cavalheiros, é baixa auto-estima: não entro em clube que me queira como sócio. É engraçado, mas dói.
Também somos educados para o sacrifício. Aquilo que ganhamos sem suor não tem valor. Somos uma sociedade de lutadores, não somos? Temos de nos esforçar para obter recompensas. As coisas que realmente valem a pena são obtidas à duras penas. E por aí vai. De tanto ouvir essa conversa - na escola, no esporte, no escritório - levamos seus pressupostos para a vida afetiva. Acabamos acreditando que também no terreno do afeto deveríamos ser capazes de lutar, sofrer e triunfar. Precisamos de conquistas épicas para contar no jantar de domingo. Se for fácil demais, não vale. Amor assim não tem graça, diz um amigo meu. Será mesmo?
Minha experiência sugere o contrário.
Desde a adolescência, e no transcorrer da vida adulta, todas as mulheres importantes me caíram do céu. A moça que vomitou no meu pé na festa do centro acadêmico e me levou para dormir na sala da casa dela. Casamos. A garota de olhos tristes que eu conheci na porta do cinema e meia hora depois tomava o meu sorvete. Quase casamos? A mulher cujo nome eu perguntei na lanchonete do trabalho e 24 horas depois me chamou para uma festa. A menina do interior que resolveu dançar comigo num impulso. Nenhuma delas foi seduzida, conquistada ou convencida a gostar de mim. Elas tomaram a iniciativa – ou retribuíram sem hesitar a atenção que eu dei a elas.
Toda vez que eu insisti com quem não estava interessada deu errado. Toda vez que tentei escalar o muro da indiferença foi inútil. Ou descobri que do outro lado não havia nada. Na minha experiência, amor é um território em que coragem e a iniciativa são premiadas, mas empenho, persistência e determinação nunca trouxeram resultado.
Relato essa experiência para discutir uma questão que me parece da maior gravidade: o quanto deveríamos insistir em obter a atenção de uma pessoa que não parece retribuir os nossos sentimos?
Quem está emocionalmente disponível lida com esse tipo de dilema o tempo todo. Você conhece a figura, acha bacana, liga uns dias depois e ela não atende e nem liga de volta. O que fazer? Você sai com a pessoa, acha ela o máximo, tenta um segundo encontro e ela reluta em marcar a data. Como proceder a partir daí? Você começou uma relação, está se apaixonando, mas a outra parte, um belo dia, deixa de retornar seus telefonemas. O que se faz? Você está apaixonado ou apaixonada, levou um pé na bunda e mal consegue respirar. É o caso de tentar reconquistar ou seria melhor proteger-se e ajudar o sentimento a morrer?
Todas essas situações conduzem à mesma escolha: insistir ou desistir?
Quem acha que o amor é um campo de batalha geralmente opta pela insistência. Quem acha que ele é uma ocorrência espontânea tende a escolher a desistência (embora isso pareça feio). Na prática, como não temos 100% de certeza sobre as coisas, e como não nos controlamos 100%, oscilamos entre uma e outra posição, ao sabor das circunstâncias e do tamanho do envolvimento. Mas a maioria de nós, mesmo de forma inconsciente, traça um limite para o quanto se empenhar (ou rastejar) num caso desses. Quem não tem limites sofre além da conta – e frequentemente faz papel de bobo, com resultados pífios.
Uma das minhas teorias favoritas é que mesmo que a pessoa ceda a um assédio longo e custoso a relação estará envenenada. Pela simples razão de que ninguém é esnobado por muito tempo ou de forma muito ostensiva sem desenvolver ressentimentos. E ressentimentos não se dissipam. Eles ficam e cobram um preço. Cedo ou tarde a conta chega. E o tipo de personalidade que insiste demais numa conquista pode estar movida por motivos errados: o interesse é pela pessoa ou pela dificuldade? É um caso de amor ou de amor próprio?
Ser amado de graça, por outro lado, não tem preço. É a homenagem mais bacana que uma pessoa pode nos fazer. Você está ali, na vida (no trabalho, na balada, nas férias, no churrasco, na casa do amigo) e a pessoa simplesmente gosta de você. Ou você se aproxima com uma conversa fiada e ela recebe esse gesto de braços abertos. O que pode ser melhor do que isso? O que pode ser melhor do que ser gostado por aquilo que se é – sem truques, sem jogos de sedução, sem premeditações? Neste momento eu não consigo me lembrar de nada.
(Ivan Martins).
Eu suspeito que não.
Acho que somos ensinados a subestimar quem gosta de nós. Se a garota na mesa ao lado sorri em nossa direção, começamos a reparar nos seus defeitos. Se a pessoa fosse realmente bacana não me daria bola assim de graça. Se ela não resiste aos meus escassos encantos é uma mulher fácil – e mulheres fáceis não valem nada, certo? O nome disso, damas e cavalheiros, é baixa auto-estima: não entro em clube que me queira como sócio. É engraçado, mas dói.
Também somos educados para o sacrifício. Aquilo que ganhamos sem suor não tem valor. Somos uma sociedade de lutadores, não somos? Temos de nos esforçar para obter recompensas. As coisas que realmente valem a pena são obtidas à duras penas. E por aí vai. De tanto ouvir essa conversa - na escola, no esporte, no escritório - levamos seus pressupostos para a vida afetiva. Acabamos acreditando que também no terreno do afeto deveríamos ser capazes de lutar, sofrer e triunfar. Precisamos de conquistas épicas para contar no jantar de domingo. Se for fácil demais, não vale. Amor assim não tem graça, diz um amigo meu. Será mesmo?
Minha experiência sugere o contrário.
Desde a adolescência, e no transcorrer da vida adulta, todas as mulheres importantes me caíram do céu. A moça que vomitou no meu pé na festa do centro acadêmico e me levou para dormir na sala da casa dela. Casamos. A garota de olhos tristes que eu conheci na porta do cinema e meia hora depois tomava o meu sorvete. Quase casamos? A mulher cujo nome eu perguntei na lanchonete do trabalho e 24 horas depois me chamou para uma festa. A menina do interior que resolveu dançar comigo num impulso. Nenhuma delas foi seduzida, conquistada ou convencida a gostar de mim. Elas tomaram a iniciativa – ou retribuíram sem hesitar a atenção que eu dei a elas.
Toda vez que eu insisti com quem não estava interessada deu errado. Toda vez que tentei escalar o muro da indiferença foi inútil. Ou descobri que do outro lado não havia nada. Na minha experiência, amor é um território em que coragem e a iniciativa são premiadas, mas empenho, persistência e determinação nunca trouxeram resultado.
Relato essa experiência para discutir uma questão que me parece da maior gravidade: o quanto deveríamos insistir em obter a atenção de uma pessoa que não parece retribuir os nossos sentimos?
Quem está emocionalmente disponível lida com esse tipo de dilema o tempo todo. Você conhece a figura, acha bacana, liga uns dias depois e ela não atende e nem liga de volta. O que fazer? Você sai com a pessoa, acha ela o máximo, tenta um segundo encontro e ela reluta em marcar a data. Como proceder a partir daí? Você começou uma relação, está se apaixonando, mas a outra parte, um belo dia, deixa de retornar seus telefonemas. O que se faz? Você está apaixonado ou apaixonada, levou um pé na bunda e mal consegue respirar. É o caso de tentar reconquistar ou seria melhor proteger-se e ajudar o sentimento a morrer?
Todas essas situações conduzem à mesma escolha: insistir ou desistir?
Quem acha que o amor é um campo de batalha geralmente opta pela insistência. Quem acha que ele é uma ocorrência espontânea tende a escolher a desistência (embora isso pareça feio). Na prática, como não temos 100% de certeza sobre as coisas, e como não nos controlamos 100%, oscilamos entre uma e outra posição, ao sabor das circunstâncias e do tamanho do envolvimento. Mas a maioria de nós, mesmo de forma inconsciente, traça um limite para o quanto se empenhar (ou rastejar) num caso desses. Quem não tem limites sofre além da conta – e frequentemente faz papel de bobo, com resultados pífios.
Uma das minhas teorias favoritas é que mesmo que a pessoa ceda a um assédio longo e custoso a relação estará envenenada. Pela simples razão de que ninguém é esnobado por muito tempo ou de forma muito ostensiva sem desenvolver ressentimentos. E ressentimentos não se dissipam. Eles ficam e cobram um preço. Cedo ou tarde a conta chega. E o tipo de personalidade que insiste demais numa conquista pode estar movida por motivos errados: o interesse é pela pessoa ou pela dificuldade? É um caso de amor ou de amor próprio?
Ser amado de graça, por outro lado, não tem preço. É a homenagem mais bacana que uma pessoa pode nos fazer. Você está ali, na vida (no trabalho, na balada, nas férias, no churrasco, na casa do amigo) e a pessoa simplesmente gosta de você. Ou você se aproxima com uma conversa fiada e ela recebe esse gesto de braços abertos. O que pode ser melhor do que isso? O que pode ser melhor do que ser gostado por aquilo que se é – sem truques, sem jogos de sedução, sem premeditações? Neste momento eu não consigo me lembrar de nada.
(Ivan Martins).
quarta-feira, 18 de maio de 2011
O novo
Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa. Mais tarde, mude de mesa. Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua. Depois, mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente, observando com atenção os lugares por onde você passa. Tome outros ônibus. Mude por uns tempos o estilo das roupas. Dê os seus sapatos velhos. Procure andar descalço alguns dias.
Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia, ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos. Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda. Durma no outro lado da cama... Depois, procure dormir em outras camas. Assista a outros programas de tv, compre outros jornais... leia outros livros. Viva outros romances. Não faça do hábito um estilo de vida. Ame a novidade. Durma mais tarde. Durma mais cedo. Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua. Corrija a postura.
Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes, novos temperos, novas cores, novas delícias.
Tente o novo todo dia. O novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer, o novo amor.
A nova vida. Tente. Busque novos amigos. Tente novos amores. Faça novas relações. Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes, tome outro tipo de bebida, compre pão em outra padaria. Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa. Escolha outro mercado... outra marca de sabonete, outro creme dental... Tome banho em novos horários. Use canetas de outras cores. Vá passear em outros lugares.
Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes. Troque de bolsa, de carteira, de malas, troque de carro, compre novos óculos, escreva outras poesias. Jogue os velhos relógios, quebre delicadamente esses horrorosos despertadores. Abra conta em outro banco. Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros teatros, visite novos museus.
Mude.
Lembre-se de que a vida é uma só. E pense seriamente em arrumar um outro emprego, uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais prazeroso, mais digno, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as. Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, longa, se possível sem destino. Experimente coisas novas. Troque novamente. Mude, de novo. Experimente outra vez. Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as já conhecidas, mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia. Só o que está morto não muda !
Repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena!
(Clarice Lispector).
Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia, ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos. Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda. Durma no outro lado da cama... Depois, procure dormir em outras camas. Assista a outros programas de tv, compre outros jornais... leia outros livros. Viva outros romances. Não faça do hábito um estilo de vida. Ame a novidade. Durma mais tarde. Durma mais cedo. Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua. Corrija a postura.
Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes, novos temperos, novas cores, novas delícias.
Tente o novo todo dia. O novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer, o novo amor.
A nova vida. Tente. Busque novos amigos. Tente novos amores. Faça novas relações. Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes, tome outro tipo de bebida, compre pão em outra padaria. Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa. Escolha outro mercado... outra marca de sabonete, outro creme dental... Tome banho em novos horários. Use canetas de outras cores. Vá passear em outros lugares.
Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes. Troque de bolsa, de carteira, de malas, troque de carro, compre novos óculos, escreva outras poesias. Jogue os velhos relógios, quebre delicadamente esses horrorosos despertadores. Abra conta em outro banco. Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros teatros, visite novos museus.
Mude.
Lembre-se de que a vida é uma só. E pense seriamente em arrumar um outro emprego, uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais prazeroso, mais digno, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as. Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, longa, se possível sem destino. Experimente coisas novas. Troque novamente. Mude, de novo. Experimente outra vez. Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as já conhecidas, mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia. Só o que está morto não muda !
Repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena!
(Clarice Lispector).
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Olhos vermelhos
Os velhos olhos vermelhos voltaram
Dessa vez
Com o mundo nas costas
E a cidade nos pés
Pra que sofrer se nada é pra sempre?
Pra que correr, se nunca me vejo de frente
Parei de pensar e comecei a sentir
Nada como um dia após dia
Uma noite, um mês
Os velhos olhos vermelhos voltaram de vez
Os velhos olhos vermelhos enganam
Sem querer
Parecem claros, frios, distantes
Não têm nada a perder
Por que se preocupar por tão pouco?
Por que chorar, se amanhã tudo muda de novo?
Parei de pensar e comecei a sentir
Nada como um dia após dia
Uma noite, um mês
Os velhos olhos vermelhos voltaram de vez
Parei de pensar e comecei a sentir
Nada como um dia após dia
Uma noite, um mês
Os velhos olhos vermelhos voltaram de vez...
Dessa vez
Com o mundo nas costas
E a cidade nos pés
Pra que sofrer se nada é pra sempre?
Pra que correr, se nunca me vejo de frente
Parei de pensar e comecei a sentir
Nada como um dia após dia
Uma noite, um mês
Os velhos olhos vermelhos voltaram de vez
Os velhos olhos vermelhos enganam
Sem querer
Parecem claros, frios, distantes
Não têm nada a perder
Por que se preocupar por tão pouco?
Por que chorar, se amanhã tudo muda de novo?
Parei de pensar e comecei a sentir
Nada como um dia após dia
Uma noite, um mês
Os velhos olhos vermelhos voltaram de vez
Parei de pensar e comecei a sentir
Nada como um dia após dia
Uma noite, um mês
Os velhos olhos vermelhos voltaram de vez...
(Dinho Ouro Preto / Alvin L)
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Para as mulheres
Alimentação correta: Ninguém vive de vento.
Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro. Beijos matinais e um 'eu te amo’ no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia.
Um abraço diário é como a água para as samambaias... Não a deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial.
Flores: Também fazem parte de seu cardápio – mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.
Respeite a natureza: Você não suporta TPM? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia, discutir a relação. Se quiser viver com uma mulher, prepare-se para isso.
Não tolha a sua vaidade: É da mulher hidratar as mechas, pintar as unhas, passar batom, gastar o dia inteiro no salão de beleza, colecionar brincos, comprar muitos sapatos, ficar horas escolhendo roupas no shopping. Entenda tudo isso e apoie.
Cérebro feminino não é um mito: Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino. Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente o aposentaram!). Então, agüente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração. Se você se cansou de colecionar bibelôs, tente se relacionar com uma mulher. Algumas vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você. Não fuja dessas, aprenda com elas e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com os homens, a inteligência não funciona como repelente para as
mulheres.
Não faça sombra sobre ela: Se você quiser ser um grande homem, tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um
pé-na-bunda.
Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar. O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo.
Só tem mulher quem pode!
(Luiz Fernando Veríssimo)
Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro. Beijos matinais e um 'eu te amo’ no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia.
Um abraço diário é como a água para as samambaias... Não a deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial.
Flores: Também fazem parte de seu cardápio – mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.
Respeite a natureza: Você não suporta TPM? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia, discutir a relação. Se quiser viver com uma mulher, prepare-se para isso.
Não tolha a sua vaidade: É da mulher hidratar as mechas, pintar as unhas, passar batom, gastar o dia inteiro no salão de beleza, colecionar brincos, comprar muitos sapatos, ficar horas escolhendo roupas no shopping. Entenda tudo isso e apoie.
Cérebro feminino não é um mito: Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino. Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente o aposentaram!). Então, agüente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração. Se você se cansou de colecionar bibelôs, tente se relacionar com uma mulher. Algumas vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você. Não fuja dessas, aprenda com elas e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com os homens, a inteligência não funciona como repelente para as
mulheres.
Não faça sombra sobre ela: Se você quiser ser um grande homem, tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um
pé-na-bunda.
Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar. O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo.
Só tem mulher quem pode!
(Luiz Fernando Veríssimo)
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Felicidade realista
A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.
E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.
É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.
Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.
Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.
Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a.
Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.
(Mário Quintana)
E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.
É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.
Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.
Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.
Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a.
Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.
(Mário Quintana)
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Resoluções para 2011...
Quero tudo novo de novo. Quero não sentir medo. Quero me entregar mais, me jogar mais, amar mais.
Viajar até cansar. Quero sair pelo mundo. Quero fins de semana de praia.
Aproveitar os amigos e abraçá-los mais.
Quero ver mais filmes e comer mais pipoca, ler mais. Sair mais.
Quero um trabalho novo. Quero não me atrasar tanto, nem me preocupar tanto.
Quero morar sozinha, quero ter momentos de paz. Quero dançar mais.
Comer mais brigadeiro de panela, acordar mais cedo e economizar mais. Sorrir mais, chorar menos e ajudar mais.
Pensar mais e pensar menos. Andar mais de bicicleta. Ir mais vezes ao parque. Quero ser feliz, quero sossego, quero outra tatuagem.
Quero me olhar mais. Cortar mais os cabelos. Tomar mais sol e mais banho de chuva. Preciso me concentrar mais, delirar mais...
Não quero esperar mais, quero fazer mais, suar mais, cantar mais e mais.
Quero conhecer mais pessoas. Quero olhar para frente e só o necessário para trás.
Quero olhar nos olhos do que fez sofrer e sorrir e abraçar, sem mágoa.
Quero pedir menos desculpas, sentir menos culpa.
Quero mais chão, pouco vão e mais bolinhas de sabão.
Quero aceitar menos, indagar mais, ousar mais. Experimentar mais.
Quero menos “mas”.
Quero não sentir tanta saudade............. Quero mais e tudo o mais.
“E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha".
(Fernando Pessoa)
Viajar até cansar. Quero sair pelo mundo. Quero fins de semana de praia.
Aproveitar os amigos e abraçá-los mais.
Quero ver mais filmes e comer mais pipoca, ler mais. Sair mais.
Quero um trabalho novo. Quero não me atrasar tanto, nem me preocupar tanto.
Quero morar sozinha, quero ter momentos de paz. Quero dançar mais.
Comer mais brigadeiro de panela, acordar mais cedo e economizar mais. Sorrir mais, chorar menos e ajudar mais.
Pensar mais e pensar menos. Andar mais de bicicleta. Ir mais vezes ao parque. Quero ser feliz, quero sossego, quero outra tatuagem.
Quero me olhar mais. Cortar mais os cabelos. Tomar mais sol e mais banho de chuva. Preciso me concentrar mais, delirar mais...
Não quero esperar mais, quero fazer mais, suar mais, cantar mais e mais.
Quero conhecer mais pessoas. Quero olhar para frente e só o necessário para trás.
Quero olhar nos olhos do que fez sofrer e sorrir e abraçar, sem mágoa.
Quero pedir menos desculpas, sentir menos culpa.
Quero mais chão, pouco vão e mais bolinhas de sabão.
Quero aceitar menos, indagar mais, ousar mais. Experimentar mais.
Quero menos “mas”.
Quero não sentir tanta saudade............. Quero mais e tudo o mais.
“E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha".
(Fernando Pessoa)
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Encerrando ciclos...
Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará! Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te: Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.
(Fernando Pessoa)
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará! Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te: Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.
(Fernando Pessoa)
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Déjà Vu.
Sozinha. De novo.
É assim que eu me sinto todos os dias, agora. De novo.
Mesmo quando me encontro cercada por muitas pessoas. Pessoas que me amam e se preocupam comigo.
E ainda assim, me sinto completamente sozinha.
Quantas vezes escondi minhas lágrimas atrás de um sorriso amarelo.
Sorri forçado para que ninguém percebesse o quanto me encontro sozinha. Triste. Vazia. Oca.
Quantas vezes me tranquei no quarto, no banheiro ou no carro só pra poder gritar sem que ninguém me ouvisse.
A única pessoa que eu queria que me escutasse, não está aqui.
Os dias passam, as pessoas passam. Uma música toca. Cenas rodam na minha cabeça.
Nada disso me prende a atenção.
Tudo me passa despercebido. Tudo isso de novo.
O mesmo período de abstinência.
O que eu mais sinto falta em você? Você.
"Nenhuma verdade me machuca
Nenhum motivo me corrói
Até se eu ficar só na vontade, já não dói
Nenhuma doutrina me convence
Nenhuma resposta me satisfaz
Nem mesmo o tédio me surpreende mais
Nenhum sofrimento me comove
Nenhum programa me distrai
A minha alma nem me lembro mais
em que esquina se perdeu
ou em que mundo se enfiou" (Peu Sousa / Pitty)
É assim que eu me sinto todos os dias, agora. De novo.
Mesmo quando me encontro cercada por muitas pessoas. Pessoas que me amam e se preocupam comigo.
E ainda assim, me sinto completamente sozinha.
Quantas vezes escondi minhas lágrimas atrás de um sorriso amarelo.
Sorri forçado para que ninguém percebesse o quanto me encontro sozinha. Triste. Vazia. Oca.
Quantas vezes me tranquei no quarto, no banheiro ou no carro só pra poder gritar sem que ninguém me ouvisse.
A única pessoa que eu queria que me escutasse, não está aqui.
Os dias passam, as pessoas passam. Uma música toca. Cenas rodam na minha cabeça.
Nada disso me prende a atenção.
Tudo me passa despercebido. Tudo isso de novo.
O mesmo período de abstinência.
O que eu mais sinto falta em você? Você.
"Nenhuma verdade me machuca
Nenhum motivo me corrói
Até se eu ficar só na vontade, já não dói
Nenhuma doutrina me convence
Nenhuma resposta me satisfaz
Nem mesmo o tédio me surpreende mais
Nenhum sofrimento me comove
Nenhum programa me distrai
A minha alma nem me lembro mais
em que esquina se perdeu
ou em que mundo se enfiou" (Peu Sousa / Pitty)
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Dois segundos
Te olho nos olhos e você reclama que te olho muito profundamente.
Desculpa, tudo que vivi foi profundamente.
Eu te ensinei quem sou, e você foi me tirando os espaços entre os abraços...Guarda-me apenas uma fresta.
Eu que sempre fui livre, não importava o que os outros dissessem.
Até onde posso ir para te resgatar?
Reclama de mim, como se houvesse a possibilidade... De me inventar de novo.
Desculpa...se te olho profundamente, rente à pele...
A ponto de ver seus ancestrais nos seus traços.
A ponto de ver a estrada... Muito antes dos seus passos.
Eu não vou separar as minhas vitórias dos meus fracassos.
Eu não vou renunciar a mim nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser.
Vibrante, errante, sujo, livre, quente.
Eu quero estar viva e permanecer te olhando profundamente.
Pedi sua presença por dois segundos.
Mesmo com todas as horas, minutos e segundos de uma noite inteira do seu lado.
Tudo que eu queria era a sua presença, com corpo... e alma.
O seu tempo é assim tão precioso pra eu não poder ter 2 segundos de sua atenção plena?
Sinto-me como se estivesse o tempo todo amordaçada.
Sufocada, vendada, sem conseguir enxergar bem no fundo dos teus olhos quem você já foi um dia.
O que temos agora é vazio, oco, chega a fazer eco.
Você está lá, mas ao mesmo tempo, não te sinto verdadeiramente do meu lado.
2 segundos... e você me negou.
Sem nem ao menos saber que o que eu mais queria, era te olhar nos olhos... e nada mais.
(Ana Carolina e Luciana Tavares).
Desculpa, tudo que vivi foi profundamente.
Eu te ensinei quem sou, e você foi me tirando os espaços entre os abraços...Guarda-me apenas uma fresta.
Eu que sempre fui livre, não importava o que os outros dissessem.
Até onde posso ir para te resgatar?
Reclama de mim, como se houvesse a possibilidade... De me inventar de novo.
Desculpa...se te olho profundamente, rente à pele...
A ponto de ver seus ancestrais nos seus traços.
A ponto de ver a estrada... Muito antes dos seus passos.
Eu não vou separar as minhas vitórias dos meus fracassos.
Eu não vou renunciar a mim nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser.
Vibrante, errante, sujo, livre, quente.
Eu quero estar viva e permanecer te olhando profundamente.
Pedi sua presença por dois segundos.
Mesmo com todas as horas, minutos e segundos de uma noite inteira do seu lado.
Tudo que eu queria era a sua presença, com corpo... e alma.
O seu tempo é assim tão precioso pra eu não poder ter 2 segundos de sua atenção plena?
Sinto-me como se estivesse o tempo todo amordaçada.
Sufocada, vendada, sem conseguir enxergar bem no fundo dos teus olhos quem você já foi um dia.
O que temos agora é vazio, oco, chega a fazer eco.
Você está lá, mas ao mesmo tempo, não te sinto verdadeiramente do meu lado.
2 segundos... e você me negou.
Sem nem ao menos saber que o que eu mais queria, era te olhar nos olhos... e nada mais.
(Ana Carolina e Luciana Tavares).
Muito estranho...
Mas se um dia eu chegar
Muito estranho
Deixa essa água no corpo
Lembrar nosso banho...
Mas se um dia eu chegar
Muito louco
Deixa essa noite saber
Que um dia foi pouco...
Cuida bem de mim
Então misture tudo
Dentro de nós
Porque ninguém vai dormir
Nosso sonho...
Minha cara pra que tantos planos?
Se quero te amar e te amar
E te amar muitos anos...
Tantas vezes eu quis
Ficar solto
Como se fosse uma lua
A brincar no teu rosto
Cuida bem de mim
Então misture tudo
Dentro de nós
Porque ninguém vai dormir
Nosso sonho...
(Cláudio Rabello - Dalto)
Melhor interpretação: Nando Reis.
Muito estranho
Deixa essa água no corpo
Lembrar nosso banho...
Mas se um dia eu chegar
Muito louco
Deixa essa noite saber
Que um dia foi pouco...
Cuida bem de mim
Então misture tudo
Dentro de nós
Porque ninguém vai dormir
Nosso sonho...
Minha cara pra que tantos planos?
Se quero te amar e te amar
E te amar muitos anos...
Tantas vezes eu quis
Ficar solto
Como se fosse uma lua
A brincar no teu rosto
Cuida bem de mim
Então misture tudo
Dentro de nós
Porque ninguém vai dormir
Nosso sonho...
(Cláudio Rabello - Dalto)
Melhor interpretação: Nando Reis.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Ponto de vista.
Como é possível a mesma cena que vimos repetidas vezes ser tão diferente aos olhos a cada vez que a olhamos?
Os dias são todos iguais. O sol nasce, a tarde cai, a lua vem.
Chuva é chuva em qualquer lugar do mundo.
O vento frio daqui é o mesmo de lá.
E porque diabos a cada dia que passa temos uma percepção diferente da 'mesma coisa'?
Hoje acordei melancólica. Tudo me pareceu cinza e sem graça.
Mas o céu estava azul. O sol estava brilhando como sempre.
Pra mim, os tons de cinza estavam mais fortes do que nunca.
O trânsito mais pesado, as pessoas mal humoradas, as ruas feias e tristes.
Tudo está igual. De uma forma diferente.
Como pode o simples fato de não ter notícias suas ser assim tão desastrosamente influenciável no meu ponto de vista? O simples fato de uma distância de poucos quilômetros (e ao mesmo tempo isso ser tão longe), fazer com que o meu dia seja mais triste e sem graça?
Quando você vem, o sol brilha.
Quando você está aqui, o mundo me sorri.
Consigo olhar com outros olhos a mesmice do dia a dia de forma maravilhosamente agradável.
Ultimamente tem sido tudo assim... Um dia, 'a vida é bela', e no outro 'que graça tem?'
Que graça tem ouvir o barulho do mar se quando eu olho pro lado você não está ali?
De que vale respirar tão fundo o ar puro da Floresta da Tijuca se meus pés estão cansados, tanto quanto a minha mente, de te procurar sem te achar à minha volta?
Sim, você foi embora. E fui eu quem ficou com tudo que é seu.
Seu cheiro, seu sorriso, suas lembranças, suas digitais.
Mas não há nada melhor do que um dia após o outro. E talvez o dia pode voltar a ser de céu azul com sol quente e acolhedor.
Dessa forma, quem sabe um dia você volta? Ou tudo que há de você em mim vai embora e me deixa em paz de uma vez por todas?
"Vivemos esperando o dia em que seremos melhores. Melhores no amor. Melhores na dor. Melhores em tudo. Dias melhores virão..." (Rogério Flausino)
Os dias são todos iguais. O sol nasce, a tarde cai, a lua vem.
Chuva é chuva em qualquer lugar do mundo.
O vento frio daqui é o mesmo de lá.
E porque diabos a cada dia que passa temos uma percepção diferente da 'mesma coisa'?
Hoje acordei melancólica. Tudo me pareceu cinza e sem graça.
Mas o céu estava azul. O sol estava brilhando como sempre.
Pra mim, os tons de cinza estavam mais fortes do que nunca.
O trânsito mais pesado, as pessoas mal humoradas, as ruas feias e tristes.
Tudo está igual. De uma forma diferente.
Como pode o simples fato de não ter notícias suas ser assim tão desastrosamente influenciável no meu ponto de vista? O simples fato de uma distância de poucos quilômetros (e ao mesmo tempo isso ser tão longe), fazer com que o meu dia seja mais triste e sem graça?
Quando você vem, o sol brilha.
Quando você está aqui, o mundo me sorri.
Consigo olhar com outros olhos a mesmice do dia a dia de forma maravilhosamente agradável.
Ultimamente tem sido tudo assim... Um dia, 'a vida é bela', e no outro 'que graça tem?'
Que graça tem ouvir o barulho do mar se quando eu olho pro lado você não está ali?
De que vale respirar tão fundo o ar puro da Floresta da Tijuca se meus pés estão cansados, tanto quanto a minha mente, de te procurar sem te achar à minha volta?
Sim, você foi embora. E fui eu quem ficou com tudo que é seu.
Seu cheiro, seu sorriso, suas lembranças, suas digitais.
Mas não há nada melhor do que um dia após o outro. E talvez o dia pode voltar a ser de céu azul com sol quente e acolhedor.
Dessa forma, quem sabe um dia você volta? Ou tudo que há de você em mim vai embora e me deixa em paz de uma vez por todas?
"Vivemos esperando o dia em que seremos melhores. Melhores no amor. Melhores na dor. Melhores em tudo. Dias melhores virão..." (Rogério Flausino)
Amor?
Nunca amamos ninguém. Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém. É a um conceito nosso - em suma, é a nós mesmos - que amamos. Isso é verdade em toda a escala do amor.
No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho. No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de ...uma ideia nossa.
(Fernando Pessoa)
No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho. No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de ...uma ideia nossa.
(Fernando Pessoa)
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Enraizada.
Tem dias que tudo que a gente quer é sumir.
Nao 'sumir' propriamente dito, como desaparecer da Terra.
Mas fugir pra outro lugar, viajar pra um país onde ninguém te conheça, ninguém saiba o seu nome.
Ficar a milhas e milhas de distância de toda e qualquer lembrança que nos faz sofrer.
Mas... eu não sou assim.
Quero dizer, a vontade de sumir eu tenho, mas já me conformei que sou uma pessoa "enraizada".
Estava agora mesmo conversando com uma amiga sobre isso.
Eu não consigo 'sumir'.
Isso me fez lembrar de uma estória ao mesmo tempo triste e engraçada (vendo hoje, por um ponto de vista diferente, é claro).
Em 2005 eu tive uma dessas 'vontades de sumir'.
Na época, queria fugir da dor da perda de uma pessoa, na verdade um rompímento doloroso demais.
Não estava suportanto tanta angústia quando uma amiga me liga e diz "vamos viajar? Passar uns dias num sítio?".
Não pensei duas vezes e logo aceitei o convite.
Arrumei a mala correndo e logo minha amiga chegou pra me buscar. Uma galerinha indo aproveitar um fim de semana de sol num sítio com piscina bem longe daqui. Tá bom, né?
Eu, uma fortaleza só! Quem diria... Saiu pra viajar sem avisar o 'ex-atual-namorado' que eu tanto amava, mas estava brigada com ele.
Respirei fundo e lá fui eu, criei coragem e uma força que nem eu acreditei.
Já no carro me arrependi de ter ido. Foi assim... imediato.
As amigas cantando, conversando, tentando me animar com a promessa "a viagem vai ser ótima!"
Sim, claro... 'aham'.
Eu de carona nem tinha como pegar o primeiro retorno e sair correndo pra casa e pros braços do 'ex-atual-namorado'. Que saco! Booooooooooooooaaaa, Luciana! Não sabe nem se 'revoltar' direito. Bela rebelde que você é.
Enfim, chegamos no tal sítio. Já tinha ido pra lá antes uns anos atrás e o lugar é divino.
Mas dessa vez eu´só pensava "estou longe da minha casa, longe do que é meu, longe dele, ahhhhhhhhhhhhhh".
Um desespero e fobia começaram a tomar conta de mim. Passei o dia inteiro chorando, até a noite.
Uma festinha boa rolando lá fora e eu dentro da casa, sozinha, trancada num quarto, chorando...
As amigas vinham tentar intervir, e eu só pensava "distância chata, tô longe de tudo, o que eu tô fazendo aqui?"
Obviamente que a gente odeia ser estraga-prazer e cortar o barato da galera animadíssima em volta da piscina. Mas as pessoas viram que eu estava tão mal, mas tão mal, que resolveram me levar de madrugada mesmo pra rodoviária da cidade. O nome da cidade? Lumiar, perto de Nova Friburgo. Pois é, eu estava somente a 2 horas de casa.
A viagem foi angustiante. Mesmo sabendo que estava indo pra perto de tudo que é meu, a cada minuto eu ficava mais ansiosa pela chegada.
Quando cheguei em casa... agora sim! Estava aliviada. Claro que peguei o telefone e liguei pra quem? Pra ele...
Hoje quando penso nisso acho engraçado. Como pode ser assim tão enraizada? Admiro aquelas pessoas que viajam e passam 1 ano fora do país. Acho incrível! Eu não consigo. Já percebi. Pelo menos não sozinha, ainda mais se estiver com alguma 'pendência' a resolver como era esse o caso.
Acho que se um dia eu ganhar uma viagem pra Disney, por exemplo, com tudo pago, a primeira coisa que vai passar pela minha cabeça é "e agora? o que eu faço com isso? alguém quer???"
Pesquisei e vi que isso tem um nome: Agorafobia - medo de lugares abertos, de estar na multidão, lugares públicos ou deixar lugar seguro.
Hoje estou assim, querendo "sumir". Mas sei o quanto é ruim estar longe de tudo e de todos, então paro, penso, respiro fundo e só espero.
Mas esperar... ah, esperar dói!
Pra esse post, lembrei das seguintes pessoas: Renata Cordeiro (a amiga que convidou pra viajar), Renata Amaral e Rafael (as duas pessoas que me levaram pra rodoviária na madruga, rs), Amanda Luz (a best friend de todos os tempos, com quem eu falei hoje mesmo sobre ser 'enraizada') e "ele" (o ex).
"O Amor não deveria ser exigente, senão, ele perde as asas e não pode voar, torna-se enraizado na terra e fica muito mundano". (Osho)
Nao 'sumir' propriamente dito, como desaparecer da Terra.
Mas fugir pra outro lugar, viajar pra um país onde ninguém te conheça, ninguém saiba o seu nome.
Ficar a milhas e milhas de distância de toda e qualquer lembrança que nos faz sofrer.
Mas... eu não sou assim.
Quero dizer, a vontade de sumir eu tenho, mas já me conformei que sou uma pessoa "enraizada".
Estava agora mesmo conversando com uma amiga sobre isso.
Eu não consigo 'sumir'.
Isso me fez lembrar de uma estória ao mesmo tempo triste e engraçada (vendo hoje, por um ponto de vista diferente, é claro).
Em 2005 eu tive uma dessas 'vontades de sumir'.
Na época, queria fugir da dor da perda de uma pessoa, na verdade um rompímento doloroso demais.
Não estava suportanto tanta angústia quando uma amiga me liga e diz "vamos viajar? Passar uns dias num sítio?".
Não pensei duas vezes e logo aceitei o convite.
Arrumei a mala correndo e logo minha amiga chegou pra me buscar. Uma galerinha indo aproveitar um fim de semana de sol num sítio com piscina bem longe daqui. Tá bom, né?
Eu, uma fortaleza só! Quem diria... Saiu pra viajar sem avisar o 'ex-atual-namorado' que eu tanto amava, mas estava brigada com ele.
Respirei fundo e lá fui eu, criei coragem e uma força que nem eu acreditei.
Já no carro me arrependi de ter ido. Foi assim... imediato.
As amigas cantando, conversando, tentando me animar com a promessa "a viagem vai ser ótima!"
Sim, claro... 'aham'.
Eu de carona nem tinha como pegar o primeiro retorno e sair correndo pra casa e pros braços do 'ex-atual-namorado'. Que saco! Booooooooooooooaaaa, Luciana! Não sabe nem se 'revoltar' direito. Bela rebelde que você é.
Enfim, chegamos no tal sítio. Já tinha ido pra lá antes uns anos atrás e o lugar é divino.
Mas dessa vez eu´só pensava "estou longe da minha casa, longe do que é meu, longe dele, ahhhhhhhhhhhhhh".
Um desespero e fobia começaram a tomar conta de mim. Passei o dia inteiro chorando, até a noite.
Uma festinha boa rolando lá fora e eu dentro da casa, sozinha, trancada num quarto, chorando...
As amigas vinham tentar intervir, e eu só pensava "distância chata, tô longe de tudo, o que eu tô fazendo aqui?"
Obviamente que a gente odeia ser estraga-prazer e cortar o barato da galera animadíssima em volta da piscina. Mas as pessoas viram que eu estava tão mal, mas tão mal, que resolveram me levar de madrugada mesmo pra rodoviária da cidade. O nome da cidade? Lumiar, perto de Nova Friburgo. Pois é, eu estava somente a 2 horas de casa.
A viagem foi angustiante. Mesmo sabendo que estava indo pra perto de tudo que é meu, a cada minuto eu ficava mais ansiosa pela chegada.
Quando cheguei em casa... agora sim! Estava aliviada. Claro que peguei o telefone e liguei pra quem? Pra ele...
Hoje quando penso nisso acho engraçado. Como pode ser assim tão enraizada? Admiro aquelas pessoas que viajam e passam 1 ano fora do país. Acho incrível! Eu não consigo. Já percebi. Pelo menos não sozinha, ainda mais se estiver com alguma 'pendência' a resolver como era esse o caso.
Acho que se um dia eu ganhar uma viagem pra Disney, por exemplo, com tudo pago, a primeira coisa que vai passar pela minha cabeça é "e agora? o que eu faço com isso? alguém quer???"
Pesquisei e vi que isso tem um nome: Agorafobia - medo de lugares abertos, de estar na multidão, lugares públicos ou deixar lugar seguro.
Hoje estou assim, querendo "sumir". Mas sei o quanto é ruim estar longe de tudo e de todos, então paro, penso, respiro fundo e só espero.
Mas esperar... ah, esperar dói!
Pra esse post, lembrei das seguintes pessoas: Renata Cordeiro (a amiga que convidou pra viajar), Renata Amaral e Rafael (as duas pessoas que me levaram pra rodoviária na madruga, rs), Amanda Luz (a best friend de todos os tempos, com quem eu falei hoje mesmo sobre ser 'enraizada') e "ele" (o ex).
"O Amor não deveria ser exigente, senão, ele perde as asas e não pode voar, torna-se enraizado na terra e fica muito mundano". (Osho)
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Sangrando
Mesmo depois de tantos anos, é incrível a força que tem sobre mim.
Não, eu não gostaria de me sentir assim. E não, eu não são feliz assim.
Não é que a culpa seja sua, pois como já conversamos, existem coisas que fogem de nosso alcance.
Assim como eu não controlo, acredito que esteja sendo sincero quando diz que não pode fazer nada a respeito.
Mas como é ruim sentir o que eu sinto. E pior ainda é sentir e não poder resolver, debater, conversar com você sobre isso. Porque não, você não está no mesmo estado que eu.
E dessa forma, sigo sangrando.
O termo que usei ainda hoje foi "desviscerada". Ouvi em algum lugar e entendi tão perfeitamente, tão claramente... Me caiu como uma luva... feita sob medida.
"Desviscerada". É assim que me sinto. Vazia. Oca. Como se não existesse conteúdo, memórias, nada além de você dentro de mim.
E agora, até você foi embora.
Não que tivesse de fato voltado algum dia, mas quando passamos tanto tempo esperando por alguma coisa e essa coisa vem, queremos aproveitar ao máximo e que isso dure uma eternidade.
Na verdade está claro pra mim. Claro até demais.
Mas é verdade que eu não quero enxergar as coisas como elas são (agora) e muito menos aceitar e afirmar que tudo se perdeu nos anos.
Alguém me disse "eu sei que é difícil".
Não... difícil é acertar uma maçã com um arco e flecha, fazer uma cesta de 3 pontos sem ter experiência, ganhar um campeonato de dança sem nunca ter dançado.
O que estou passando é muito mais do que difícil.
Vai além do impossível. Porque não há uma saída. Não me apresentaram opções do caminho a seguir. Não existe solução que resolva e nem remédio que cure.
Eu não sou você. Não estou dentro de você. E se eu fosse você talvez o meu 'problema' já estaria resolvido, ou de fato ele nunca teria existido.
Somente você poderia vir e me dar a cura.
A cura pro que eu sinto há tanto tempo.
Mas você não vem. E isso já me foi anunciado. Você não virá...
O que eu faço agora? Perder duas vezes significa que eu deva abandonar o 'barco' e seguir andando?
O que eu faço? Apenas continuo sangrando...?
Não tem o que esperar. Não dá pra continuar à sombra de algo que não existe mais.
De qualquer forma, obrigada.
Por tudo...
... até hoje.
Hoje se encerra mais um ciclo. A porta se fecha. O livro é fechado. O buraco é tapado. A última peça do quebra cabeças foi colocada. O filme acabou. FIM.
E na falta de opções, sem saber o que fazer, continuo aqui... E sangrando.
Não, eu não gostaria de me sentir assim. E não, eu não são feliz assim.
Não é que a culpa seja sua, pois como já conversamos, existem coisas que fogem de nosso alcance.
Assim como eu não controlo, acredito que esteja sendo sincero quando diz que não pode fazer nada a respeito.
Mas como é ruim sentir o que eu sinto. E pior ainda é sentir e não poder resolver, debater, conversar com você sobre isso. Porque não, você não está no mesmo estado que eu.
E dessa forma, sigo sangrando.
O termo que usei ainda hoje foi "desviscerada". Ouvi em algum lugar e entendi tão perfeitamente, tão claramente... Me caiu como uma luva... feita sob medida.
"Desviscerada". É assim que me sinto. Vazia. Oca. Como se não existesse conteúdo, memórias, nada além de você dentro de mim.
E agora, até você foi embora.
Não que tivesse de fato voltado algum dia, mas quando passamos tanto tempo esperando por alguma coisa e essa coisa vem, queremos aproveitar ao máximo e que isso dure uma eternidade.
Na verdade está claro pra mim. Claro até demais.
Mas é verdade que eu não quero enxergar as coisas como elas são (agora) e muito menos aceitar e afirmar que tudo se perdeu nos anos.
Alguém me disse "eu sei que é difícil".
Não... difícil é acertar uma maçã com um arco e flecha, fazer uma cesta de 3 pontos sem ter experiência, ganhar um campeonato de dança sem nunca ter dançado.
O que estou passando é muito mais do que difícil.
Vai além do impossível. Porque não há uma saída. Não me apresentaram opções do caminho a seguir. Não existe solução que resolva e nem remédio que cure.
Eu não sou você. Não estou dentro de você. E se eu fosse você talvez o meu 'problema' já estaria resolvido, ou de fato ele nunca teria existido.
Somente você poderia vir e me dar a cura.
A cura pro que eu sinto há tanto tempo.
Mas você não vem. E isso já me foi anunciado. Você não virá...
O que eu faço agora? Perder duas vezes significa que eu deva abandonar o 'barco' e seguir andando?
O que eu faço? Apenas continuo sangrando...?
Não tem o que esperar. Não dá pra continuar à sombra de algo que não existe mais.
De qualquer forma, obrigada.
Por tudo...
... até hoje.
Hoje se encerra mais um ciclo. A porta se fecha. O livro é fechado. O buraco é tapado. A última peça do quebra cabeças foi colocada. O filme acabou. FIM.
E na falta de opções, sem saber o que fazer, continuo aqui... E sangrando.
"É uma decepção diferente: não penso obsessivamente, não tenho vontade nenhuma de ligar nem de escrever cartas, não tenho ódio nem vontade de chorar. Em compensação, também não tenho vontade de mais nada". (Caio F. Abreu).
sábado, 6 de novembro de 2010
Aqui.. Sou eu quem te adora.
Aqui...
Eu nunca disse que iria ser
A pessoa certa pra você
Mas sou eu quem te adora
Se fico um tempo sem te procurar
É pra saudade nos aproximar
E eu já não vejo a hora
Eu não consigo esconder
Certo ou errado, eu quero ter você
Ei, você sabe que eu não sei jogar
Não é meu dom representar
Não dá pra disfarçar
Eu tento aparentar frieza mas não dá
É como uma represa pronta pra jorrar
Querendo iluminar
A estrada, a casa, o quarto onde você está
Não dá pra ocultar
Algo preso quer sair do meu olhar
Atravessar montanhas e te alcançar
Tocar o seu olhar
Te fazer me enxergar e se enxergar em mim
Aqui
Agora que você parece não ligar
Que já não pensa e já não quer pensar
Dizendo que não sente nada
Estou lembrando menos de você
Falta pouco pra me convencer
Que sou a pessoa errada
Eu não consigo esconder
Certo ou errado, eu quero ter você
Ei, você sabe que eu não sei jogar
Não é meu dom representar
Não dá pra disfarçar
Eu tento aparentar frieza mas não dá
É como uma represa pronta pra jorrar
Querendo iluminar
A estrada, a casa, o quarto onde você está
Não dá pra ocultar
Algo preso quer sair do meu olhar
Atravessar montanhas e te alcançar
Tocar o seu olhar
Te fazer me enxergar e se enxergar em mim
Em mim... Aqui
(Ana Carolina)
Eu nunca disse que iria ser
A pessoa certa pra você
Mas sou eu quem te adora
Se fico um tempo sem te procurar
É pra saudade nos aproximar
E eu já não vejo a hora
Eu não consigo esconder
Certo ou errado, eu quero ter você
Ei, você sabe que eu não sei jogar
Não é meu dom representar
Não dá pra disfarçar
Eu tento aparentar frieza mas não dá
É como uma represa pronta pra jorrar
Querendo iluminar
A estrada, a casa, o quarto onde você está
Não dá pra ocultar
Algo preso quer sair do meu olhar
Atravessar montanhas e te alcançar
Tocar o seu olhar
Te fazer me enxergar e se enxergar em mim
Aqui
Agora que você parece não ligar
Que já não pensa e já não quer pensar
Dizendo que não sente nada
Estou lembrando menos de você
Falta pouco pra me convencer
Que sou a pessoa errada
Eu não consigo esconder
Certo ou errado, eu quero ter você
Ei, você sabe que eu não sei jogar
Não é meu dom representar
Não dá pra disfarçar
Eu tento aparentar frieza mas não dá
É como uma represa pronta pra jorrar
Querendo iluminar
A estrada, a casa, o quarto onde você está
Não dá pra ocultar
Algo preso quer sair do meu olhar
Atravessar montanhas e te alcançar
Tocar o seu olhar
Te fazer me enxergar e se enxergar em mim
Em mim... Aqui
(Ana Carolina)
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
I miss you...
Hello there the angel from my nightmare
The shadow in backround of the morgue
The unsespecting victim of darkness in the valley
We can live like Jack and Sally if we want
Where you can always find me
And we'll have Halloween on Christmas
And in the night we'll wish this never ends
We'll wish this never end
Where are you and I'm so sorry
I cannot sleep I cannot dream tonight
I need somebody and always
This sick strange darkness comes creeping on so haunting everytime
And as I stared I counted the webs from all the spiders
catching things and eating their insides
Like indecision to call you
And hear your voice of treason
Will you come home and stop this pain tonight
stop this pain tonight
Don't waste your time on me your already the voice inside my head
I miss you miss you
The shadow in backround of the morgue
The unsespecting victim of darkness in the valley
We can live like Jack and Sally if we want
Where you can always find me
And we'll have Halloween on Christmas
And in the night we'll wish this never ends
We'll wish this never end
Where are you and I'm so sorry
I cannot sleep I cannot dream tonight
I need somebody and always
This sick strange darkness comes creeping on so haunting everytime
And as I stared I counted the webs from all the spiders
catching things and eating their insides
Like indecision to call you
And hear your voice of treason
Will you come home and stop this pain tonight
stop this pain tonight
Don't waste your time on me your already the voice inside my head
I miss you miss you
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Remar. Re-amar. Amar.
Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também. Tá me entendendo? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa ser do jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou.
Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também. Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar.
Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena.
Remar. Re-amar. Amar.
"Não importa quanto vá durar – é infinito agora".
(Caio F. Abreu)
Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também. Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar.
Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena.
Remar. Re-amar. Amar.
"Não importa quanto vá durar – é infinito agora".
(Caio F. Abreu)
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
A espera.
Escrava de mim mesma.
Dos meus pensamentos.
Sinto muito. Muito mesmo.
Sinto (de penar) e sinto (de sentir).
Mas só o que posso fazer é me calar.
Momento de reflexão. Tensão. Tesão...
Vontade de abraçar o mundo e ligar o botão do foda-se.
Infelizmente não é assim tão fácil, né? Ou é?
Dizem que "basta a gente querer".
Mas na dúvida, me calo.
E viro escrava dos meus próprios pensamentos.
E eles já estão há muito tempo querendo sair por aí...
Há tempos que eles chegam até você...
Não é?
Bem, se for pensar assim, você já sabe, isso é o que importa.
Porque é a pessoa mais importante nessa situação.
E eu te amo muito. Como eu amo!
Amo há muito tempo. E me calo há muito tempo.
Queria sanar as minhas interrogações. Deletar o antes. Começar do zero.
Você pode fazer o mesmo?
Não me importo o que você foi até aqui.
Mas o que será pra mim daqui pra frente.
A espera... É o que mais me aflige.
Esperar por algo que não se sabe se um dia vai chegar.
A espera de um futuro incerto.
O presente eu já tenho.
E acredite, estou tentando mesmo "aproveitar" como eu posso.
Porque como você disse ontem "isso não dura pra sempre, um dia acaba"...
Então... só me resta esperar.
Para as coisas que não podem ser mudadas, só nos resta a paciência.
"Tuas idéias não correspondem aos fatos"
"É que eu preciso dizer que eu te amo, te ganhar ou perder sem engano". (Cazuza)
Have you ever seen the rain?
Someone told me long ago, there's a calm before the storm.
I know, and it's been comin' for some time.
When it's over, so they say, it'll rain a sunny day.
I know, shinin' down like water.
I want to know, have you ever seen the rain?
I want to know, have you ever seen the rain
comin' down on a sunny day?
Yesterday, and days before, sun is cold and rain is hard.
I know, been that way for all my time.
'Til forever on it goes through the circle fast and slow,
I know, and it can't stop, I wonder.
I want to know, have you ever seen the rain?
I want to know, have you ever seen the rain
comin' down on a sunny day?
- John C. Fogerty
I know, and it's been comin' for some time.
When it's over, so they say, it'll rain a sunny day.
I know, shinin' down like water.
I want to know, have you ever seen the rain?
I want to know, have you ever seen the rain
comin' down on a sunny day?
Yesterday, and days before, sun is cold and rain is hard.
I know, been that way for all my time.
'Til forever on it goes through the circle fast and slow,
I know, and it can't stop, I wonder.
I want to know, have you ever seen the rain?
I want to know, have you ever seen the rain
comin' down on a sunny day?
- John C. Fogerty
Justo amor?!
Podia ser só amizade, paixão, carinho, admiração, respeito, ternura, tesão.
Com tantos sentimentos arrumados cuidadosamente na prateleira de cima, tinha de ser justo amor, meu Deus?
Porque quando fecho os olhos, é você quem eu vejo, aos lados, em cima, embaixo, por fora e por dentro de mim.
Dilacerando felicidades de mentira, desconstruindo tudo o que planejei, abrindo todas as janelas para um mundo deserto.
É você quem sorri, morde o lábio, fala grosso, conta histórias, me tira do sério, faz ares de palhaço, pinta segredos, ilumina o corredor por onde passo todos os dias.
É agora que quero dividir maçãs, achar o fim do arco-íris, pisar sobre estrelas e acordar serena.
É para já que preciso contar as descobertas, alisar seu peito, preparar uma massa, sentir seus cílios.
“Claro, o dia de amanhã cuidará do dia de amanhã e tudo chegará no tempo exato. Mas e o dia de hoje?”
Não quero saber de medo, paciência, tempo que vai chegar. Não negue, apareça. Seja forte.
Porque é preciso coragem para se arriscar num futuro incerto.
Não posso esperar. Tenho tudo pronto dentro de mim e uma alma que só sabe viver presentes.
Sem esperas, sem amarras, sem receios, sem cobertas, sem sentido, sem passados.
É preciso que você venha nesse exato momento. Abandone os antes. Chame do que quiser. Mas venha.
Quero dividir meus erros, loucuras, beijos, chocolates… Apague minhas interrogações. Por que estamos tão perto e tão longe? Quero acabar com as leis da física, dois corpos ocuparem o mesmo lugar! Não nego. Tenho um grande medo de ser sozinha. Não sou pedaço. Mas não me basto.
- Caio F. Abreu.
Com tantos sentimentos arrumados cuidadosamente na prateleira de cima, tinha de ser justo amor, meu Deus?
Porque quando fecho os olhos, é você quem eu vejo, aos lados, em cima, embaixo, por fora e por dentro de mim.
Dilacerando felicidades de mentira, desconstruindo tudo o que planejei, abrindo todas as janelas para um mundo deserto.
É você quem sorri, morde o lábio, fala grosso, conta histórias, me tira do sério, faz ares de palhaço, pinta segredos, ilumina o corredor por onde passo todos os dias.
É agora que quero dividir maçãs, achar o fim do arco-íris, pisar sobre estrelas e acordar serena.
É para já que preciso contar as descobertas, alisar seu peito, preparar uma massa, sentir seus cílios.
“Claro, o dia de amanhã cuidará do dia de amanhã e tudo chegará no tempo exato. Mas e o dia de hoje?”
Não quero saber de medo, paciência, tempo que vai chegar. Não negue, apareça. Seja forte.
Porque é preciso coragem para se arriscar num futuro incerto.
Não posso esperar. Tenho tudo pronto dentro de mim e uma alma que só sabe viver presentes.
Sem esperas, sem amarras, sem receios, sem cobertas, sem sentido, sem passados.
É preciso que você venha nesse exato momento. Abandone os antes. Chame do que quiser. Mas venha.
Quero dividir meus erros, loucuras, beijos, chocolates… Apague minhas interrogações. Por que estamos tão perto e tão longe? Quero acabar com as leis da física, dois corpos ocuparem o mesmo lugar! Não nego. Tenho um grande medo de ser sozinha. Não sou pedaço. Mas não me basto.
- Caio F. Abreu.
Vai passar...
Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada "impulso vital".
- Caio F. Abreu.
- Caio F. Abreu.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Intimidade perfeita
E se realmente gostarem? Se o toque do outro de repente for bom? Bom, a palavra é essa. Se o outro for bom para você. Se te der vontade de viver. Se o cheiro do suor do outro também for bom. Se todos os cheiros do corpo do outro forem bons. O pé, no fim do dia. A boca, de manhã cedo. Bons, normais, comuns. Coisa de gente. Cheiros íntimos, secretos.
Ninguém mais saberia deles se não enfiasse o nariz lá dentro, a língua lá dentro, bem dentro, no fundo das carnes, no meio dos cheiros. E se tudo isso que você acha nojento for exatamente o que chamam de amor? Quando você chega no mais íntimo. No tão íntimo, mas tão íntimo que de repente a palavra nojo não tem mais sentido. Você também tem cheiros. As pessoas têm cheiros, é natural. Os animais cheiram uns aos outros. No rabo. O que é que você queria? Rendas brancas imaculadas? Será que amor não começa quando nojo, higiene ou qualquer outra dessas palavrinhas, desculpe, você vai rir, qualquer uma dessas palavrinhas burguesas e cristãs não tiver mais nenhum sentido?
Se tudo isso, se tocar no outro, se não só tolerar e aceitar a merda do outro, mas não dar importância a ela ou até gostar, porque de repente você até pode gostar, sem que isso seja necessariamente uma perversão, se tudo isso for o que chamam de amor. Amor no sentido de intimidade, de conhecimento muito, muito fundo. Da pobreza e também da nobreza do corpo do outro. Do teu próprio corpo que é igual, talvez tragicamente igual.
O amor só acontece quando uma pessoa aceita que também é bicho. Se amor for a coragem de ser bicho. Se amor for a coragem da própria merda. E depois, um instante mais tarde, isso nem sequer será coragem nenhuma, porque deixou de ter importância. O que vale é ter conhecido o corpo de outra pessoa tão intimamente como você só conhece o seu próprio corpo. Porque então você se ama também.
- Caio F. Abreu
Ninguém mais saberia deles se não enfiasse o nariz lá dentro, a língua lá dentro, bem dentro, no fundo das carnes, no meio dos cheiros. E se tudo isso que você acha nojento for exatamente o que chamam de amor? Quando você chega no mais íntimo. No tão íntimo, mas tão íntimo que de repente a palavra nojo não tem mais sentido. Você também tem cheiros. As pessoas têm cheiros, é natural. Os animais cheiram uns aos outros. No rabo. O que é que você queria? Rendas brancas imaculadas? Será que amor não começa quando nojo, higiene ou qualquer outra dessas palavrinhas, desculpe, você vai rir, qualquer uma dessas palavrinhas burguesas e cristãs não tiver mais nenhum sentido?
Se tudo isso, se tocar no outro, se não só tolerar e aceitar a merda do outro, mas não dar importância a ela ou até gostar, porque de repente você até pode gostar, sem que isso seja necessariamente uma perversão, se tudo isso for o que chamam de amor. Amor no sentido de intimidade, de conhecimento muito, muito fundo. Da pobreza e também da nobreza do corpo do outro. Do teu próprio corpo que é igual, talvez tragicamente igual.
O amor só acontece quando uma pessoa aceita que também é bicho. Se amor for a coragem de ser bicho. Se amor for a coragem da própria merda. E depois, um instante mais tarde, isso nem sequer será coragem nenhuma, porque deixou de ter importância. O que vale é ter conhecido o corpo de outra pessoa tão intimamente como você só conhece o seu próprio corpo. Porque então você se ama também.
- Caio F. Abreu
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.
Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.
Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela... Um dia nós percebemos que as mulheres têm instinto "caçador" e fazem qualquer homem sofrer
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples
Um dia percebemos que o comum não nos atrai
Um dia saberemos que ser classificado como "bonzinho" não é bom
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você
Um dia saberemos a importância da frase: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..."
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais
Enfim...
Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos
todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer o que tem de ser dito
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas
as nossas loucuras...
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.
Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela... Um dia nós percebemos que as mulheres têm instinto "caçador" e fazem qualquer homem sofrer
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples
Um dia percebemos que o comum não nos atrai
Um dia saberemos que ser classificado como "bonzinho" não é bom
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você
Um dia saberemos a importância da frase: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..."
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais
Enfim...
Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos
todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer o que tem de ser dito
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas
as nossas loucuras...
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.
sábado, 16 de outubro de 2010
Coração de gelo
Poucas situações na vida são mais angustiantes do que viver um amor não correspondido. No entanto, pouquíssimas são as pessoas que nunca experimentaram algo semelhante. Ou seja, amar e não ser amado é, em última instância, uma dor comum, embora bastante pessoal.
E por que será que ainda assim, sendo tão recorrente e fazendo parte da história de bilhões de seres humanos, continua sendo tão difícil lidar com o fato de que o outro não está a fim de continuar ou sequer de começar um relacionamento com a gente?
O fato é que aprender a lidar com a frustração da não correspondência de qualquer sentimento, especialmente dos mais intensos e profundos, é uma das mais duras e importantes lições de todos nós!
A começar pela capacidade de compreender que a razão de o outro não gostar de você da mesma forma que você gosta dele não tem a ver com quem você é exatamente. Ou seja, você certamente é alguém com qualidades suficientes para ser amado, entretanto, isso não é garantia para que a química de um encontro dê certo.
Quando falamos de amor, desejo e vontade, temos de considerar que sempre existe mais de uma parte envolvida. É a máxima do dito popular que avisa que “quando um não quer, dois não brigam” ou não se amam, como é o nosso caso. Mas os motivos pelos quais uma pessoa não corresponde o seu amor estão longe de ser passíveis de explicação lógica.
Amamos e não amamos por motivos inefáveis, que não estão ao alcance das palavras ou da inteligência racional. Talvez isso explique por que, algumas vezes, amamos aquela pessoa não aprovada pela maioria de nossos amigos e familiares. Ou por que, noutras vezes, não conseguimos amar aquela que todos dizem ser a ideal para nós, a perfeita.
Esta é a prova de que ficar se consumindo na tentativa de compreender, logicamente, por que o outro não está correspondendo nosso amor é inútil, ineficiente e só nos faz doer mais ainda. Esta é a prova, sobretudo, de que não ser amado por determinada pessoa não é um veredito, não é uma sentença, não é o fim.
Talvez, muito pelo contrário, seja apenas o começo. Seja a nossa grande chance de descobrir uma alternativa melhor. Sim, porque não prevemos o futuro. Não sabemos o que virá. E por isso mesmo deveríamos confiar um pouco mais no fluxo do Universo.
Certamente já aconteceu com você de considerar um acontecimento péssimo, desastroso e, depois de alguns dias ou meses, ter se dado conta de que algo muito lindo, maravilhoso e imperdível só aconteceu porque havia o espaço deixado pelo que havia considerado um “desastre”.
Enfim, não ser correspondido hoje é ruim, eu sei. Dói. E por isso mesmo, sugiro que você chore, esperneie, desabafe e faça o que for possível, dentro das opções saudáveis, de preferência, para esgotar sua frustração e se sentir melhor. Porém, não se destrua, não se acabe e não tome as circunstâncias como determinantes de sua infelicidade.
Permita-se viver um dia de cada vez, apostando que cada noite que chega significa que você está mais distante da tristeza e mais perto de uma nova alegria. Permita-se acreditar que o sol voltará a brilhar em seu coração mais cedo do que você imagina... E siga o fluxo da existência.
E assim, certo de que ser correspondido é tão possível quanto não ser, e que essa é uma verdade que vale para todas as pessoas deste planeta – até mesmo para aquelas consideradas as mais lindas e sensuais – levante-se, lave esse rosto, vista-se como se fosse celebrar e faça um brinde a si mesmo, ao amor e ao melhor que está por vir!
- Rosana Braga.
E por que será que ainda assim, sendo tão recorrente e fazendo parte da história de bilhões de seres humanos, continua sendo tão difícil lidar com o fato de que o outro não está a fim de continuar ou sequer de começar um relacionamento com a gente?
O fato é que aprender a lidar com a frustração da não correspondência de qualquer sentimento, especialmente dos mais intensos e profundos, é uma das mais duras e importantes lições de todos nós!
A começar pela capacidade de compreender que a razão de o outro não gostar de você da mesma forma que você gosta dele não tem a ver com quem você é exatamente. Ou seja, você certamente é alguém com qualidades suficientes para ser amado, entretanto, isso não é garantia para que a química de um encontro dê certo.
Quando falamos de amor, desejo e vontade, temos de considerar que sempre existe mais de uma parte envolvida. É a máxima do dito popular que avisa que “quando um não quer, dois não brigam” ou não se amam, como é o nosso caso. Mas os motivos pelos quais uma pessoa não corresponde o seu amor estão longe de ser passíveis de explicação lógica.
Amamos e não amamos por motivos inefáveis, que não estão ao alcance das palavras ou da inteligência racional. Talvez isso explique por que, algumas vezes, amamos aquela pessoa não aprovada pela maioria de nossos amigos e familiares. Ou por que, noutras vezes, não conseguimos amar aquela que todos dizem ser a ideal para nós, a perfeita.
Esta é a prova de que ficar se consumindo na tentativa de compreender, logicamente, por que o outro não está correspondendo nosso amor é inútil, ineficiente e só nos faz doer mais ainda. Esta é a prova, sobretudo, de que não ser amado por determinada pessoa não é um veredito, não é uma sentença, não é o fim.
Talvez, muito pelo contrário, seja apenas o começo. Seja a nossa grande chance de descobrir uma alternativa melhor. Sim, porque não prevemos o futuro. Não sabemos o que virá. E por isso mesmo deveríamos confiar um pouco mais no fluxo do Universo.
Certamente já aconteceu com você de considerar um acontecimento péssimo, desastroso e, depois de alguns dias ou meses, ter se dado conta de que algo muito lindo, maravilhoso e imperdível só aconteceu porque havia o espaço deixado pelo que havia considerado um “desastre”.
Enfim, não ser correspondido hoje é ruim, eu sei. Dói. E por isso mesmo, sugiro que você chore, esperneie, desabafe e faça o que for possível, dentro das opções saudáveis, de preferência, para esgotar sua frustração e se sentir melhor. Porém, não se destrua, não se acabe e não tome as circunstâncias como determinantes de sua infelicidade.
Permita-se viver um dia de cada vez, apostando que cada noite que chega significa que você está mais distante da tristeza e mais perto de uma nova alegria. Permita-se acreditar que o sol voltará a brilhar em seu coração mais cedo do que você imagina... E siga o fluxo da existência.
E assim, certo de que ser correspondido é tão possível quanto não ser, e que essa é uma verdade que vale para todas as pessoas deste planeta – até mesmo para aquelas consideradas as mais lindas e sensuais – levante-se, lave esse rosto, vista-se como se fosse celebrar e faça um brinde a si mesmo, ao amor e ao melhor que está por vir!
- Rosana Braga.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Saudade
Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença.
Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda.
Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.
Clarice Lispector
Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda.
Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.
Clarice Lispector
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Desconfie do destino e acredite em você.
Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morreu esteja vivo, quem quase vive já morreu.
- Luís Fernando Veríssimo.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morreu esteja vivo, quem quase vive já morreu.
- Luís Fernando Veríssimo.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Não deixe o amor passar
Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.
Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.
Carlos Drummond de Andrade
Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.
Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.
Carlos Drummond de Andrade
My immortal
I'm so tired of being here
Suppressed by all my childish fears
And if you have to leave, I wish that you would just leave
'Cause your presence still lingers here and it won't leave me alone
These wounds won't seem to heal
This pain is just too real
There's just too much that time cannot erase
When you cried I'd wipe away all of your tearsWhen you'd scream I'd fight away all of your fearsAnd I held your hand through all of these years
But you still have all of me
You used to captivate me by your resonating light
Now I'm bound by the life you've left behind
Your face it haunts my once pleasant dreamsYour voice it chased away all the sanity in me
These wounds won't seem to heal
This pain is just too real
There's just too much that time cannot erase
When you cried I'd wipe away all of your tearsWhen you'd scream I'd fight away all of your fearsAnd I held your hand through all of these years
But you still have all of me
I've tried so hard to tell myself that you're gone
But though you're still with me
I've been alone all along
When you cried I'd wipe away all of your tearsWhen you'd scream I'd fight away all of your fearsAnd I held your hand through all of these years
But you still have all of me........................
Suppressed by all my childish fears
And if you have to leave, I wish that you would just leave
'Cause your presence still lingers here and it won't leave me alone
These wounds won't seem to heal
This pain is just too real
There's just too much that time cannot erase
When you cried I'd wipe away all of your tearsWhen you'd scream I'd fight away all of your fearsAnd I held your hand through all of these years
But you still have all of me
You used to captivate me by your resonating light
Now I'm bound by the life you've left behind
Your face it haunts my once pleasant dreamsYour voice it chased away all the sanity in me
These wounds won't seem to heal
This pain is just too real
There's just too much that time cannot erase
When you cried I'd wipe away all of your tearsWhen you'd scream I'd fight away all of your fearsAnd I held your hand through all of these years
But you still have all of me
I've tried so hard to tell myself that you're gone
But though you're still with me
I've been alone all along
When you cried I'd wipe away all of your tearsWhen you'd scream I'd fight away all of your fearsAnd I held your hand through all of these years
But you still have all of me........................
sábado, 21 de agosto de 2010
Quem não dá assistência, abre concorrência e perde a preferência.
Mas as mulheres 'modernas' estão demais...
Para as mulheres, uma verdade! Para os homens, a realidade.
Você deve estar perguntando porque eu gastaria meu precioso tempo falando sobre isso. Entretanto, a aflição masculina diante da traição vem me chamando a atenção já há tempos.
Mas o que seria uma 'mulher moderna'? A principio seria aquela que se ama acima de tudo, que não perde e nem tem tempo com/para futilidades, é aquela que trabalha porque acha que o trabalho engrandece que é independente sentimentalmente dos outros, que é corajosa, companheira, confidente, amante... É aquela que às vezes tem uma crise súbita de ciúmes, mas que não tem vergonha nenhuma em admitir que esteja errada e de correr pros seus braços... É aquela que consegue ao mesmo tempo ser forte e meiga, desarrumada e linda... Enfim, a mulher moderna é aquela que não tem medo de nada nem de ninguém, olha a vida de frente, fala o que pensa e o que sente, doa a quem doer...
Assim, após um processo 'investigatório' junto a essas 'mulheres modernas' pude constatar o pior.
VOCÊ SERÁ (OU É???) 'corno', a menos que:
- Nunca deixe uma 'mulher moderna' insegura. Antigamente elas choravam.
Hoje elas simplesmente traem, sem dó nem piedade.
- Não ache que ela tem poderes 'adivinhatórios'. Ela tem de saber da sua boca o quanto você gosta dela. Qualquer dúvida neste sentido poderá levar às conseqüências expostas acima.
- Não ache que é normal sair com os amigos (seja pra beber, pra jogar futebol) mais do que duas vezes por semana, três vezes então, é asssinar atestado de 'chifrudo'. As 'mulheres modernas' dificilmente andam implicando com isso, entretanto, elas são categoricamente 'cheias de amor pra dar' e precisam da 'presença masculina'. Se não for a sua meu amigo... Bem...
- Quando disser que vai ligar, ligue, senão o risco dela ligar pra aquele ex bom de cama é grandessíssimo.
- Satisfaça-a sexualmente.. Mas não finja satisfazê-la. As 'mulheres modernas' têm um pique absurdo em relação ao sexo e, principalmente dos 25 aos 55 anos, elas pensam, e querem fazer sexo TODOS OS DIAS (pasmem, mas é a pura verdade)... Bom, nem precisa dizer que se não for com você...
- Lhe dê atenção. Mas principalmente faça com que ela perceba isso.
Garanhões mau (ou bem) intencionados sempre existem, e estes quando querem são peritos em levar uma mulher às nuvens. Então, leve-a você, afinal, ela é sua ou não é????
- Nem pense em provocar 'ciuminhos' vãos.. Como pude constatar, mulher insegura é uma máquina colocadora de chifres.
- Em hipótese alguma deixe-a desconfiar do fato de você estar saindo com outra. Essa mera suposição da parte delas dá ensejo a um 'chifre' tão estrondoso que quando você acordar, meu amigo, já existirá alguém MUITO MAIS 'comedor' do que você... Só que o prato principal, bem... Dessa vez é a SUA mulher.
- Sabe aquele bonitão que você sabe que sairia com a sua mulher a qualquer hora? Bem... De repente a recíproca também pode ser verdadeira. Basta ela, só por um segundo, achar que você merece... Quando você reparar... Já foi.
- Tente estar menos 'cansado'. A 'mulher moderna' também trabalhou o dia inteiro e, provavelmente, ainda tem fôlego para - como diziam os homens de antigamente - 'dar uma', para depois, virar de lado e simplesmente dormir.
- Volte a fazer coisas do começo da relação. Se quando começaram a sair viviam se cruzando em 'baladas', 'se pegando' em lugares inusitados, trocavam e-mails ou telefonemas picantes, a chance dela gostar disso é muito grande, e a de sentir falta disso então é imensa. A 'mulher moderna' não pode sentir falta dessas coisas... Senão...
Bem amigos, aplica-se, finalmente, o tão famoso jargão 'quem não dá assistência, abre concorrência e perde a preferência'. Deste modo, se você está ao lado de uma mulher de quem realmente gosta e tem plena consciência de que, atualmente o mercado não está pra peixe (falemos de qualidade), pense bem antes de dar alguma dessas 'mancadas'.
Proteja-a, ame-a, e principalmente, faça-a saber, disso. Ela vai pensar milhões de vezes antes de dar bola pra aquele 'bonitão' que vive enchendo-a de olhares... E vai continuar, sem dúvidas, olhando só pra você!!!
'Quem não se dedica se complica.' Como diz uma amiga: MULHER NÃO TRAI APENAS SE VINGA.
- Arnaldo Jabor.
Para as mulheres, uma verdade! Para os homens, a realidade.
Você deve estar perguntando porque eu gastaria meu precioso tempo falando sobre isso. Entretanto, a aflição masculina diante da traição vem me chamando a atenção já há tempos.
Mas o que seria uma 'mulher moderna'? A principio seria aquela que se ama acima de tudo, que não perde e nem tem tempo com/para futilidades, é aquela que trabalha porque acha que o trabalho engrandece que é independente sentimentalmente dos outros, que é corajosa, companheira, confidente, amante... É aquela que às vezes tem uma crise súbita de ciúmes, mas que não tem vergonha nenhuma em admitir que esteja errada e de correr pros seus braços... É aquela que consegue ao mesmo tempo ser forte e meiga, desarrumada e linda... Enfim, a mulher moderna é aquela que não tem medo de nada nem de ninguém, olha a vida de frente, fala o que pensa e o que sente, doa a quem doer...
Assim, após um processo 'investigatório' junto a essas 'mulheres modernas' pude constatar o pior.
VOCÊ SERÁ (OU É???) 'corno', a menos que:
- Nunca deixe uma 'mulher moderna' insegura. Antigamente elas choravam.
Hoje elas simplesmente traem, sem dó nem piedade.
- Não ache que ela tem poderes 'adivinhatórios'. Ela tem de saber da sua boca o quanto você gosta dela. Qualquer dúvida neste sentido poderá levar às conseqüências expostas acima.
- Não ache que é normal sair com os amigos (seja pra beber, pra jogar futebol) mais do que duas vezes por semana, três vezes então, é asssinar atestado de 'chifrudo'. As 'mulheres modernas' dificilmente andam implicando com isso, entretanto, elas são categoricamente 'cheias de amor pra dar' e precisam da 'presença masculina'. Se não for a sua meu amigo... Bem...
- Quando disser que vai ligar, ligue, senão o risco dela ligar pra aquele ex bom de cama é grandessíssimo.
- Satisfaça-a sexualmente.. Mas não finja satisfazê-la. As 'mulheres modernas' têm um pique absurdo em relação ao sexo e, principalmente dos 25 aos 55 anos, elas pensam, e querem fazer sexo TODOS OS DIAS (pasmem, mas é a pura verdade)... Bom, nem precisa dizer que se não for com você...
- Lhe dê atenção. Mas principalmente faça com que ela perceba isso.
Garanhões mau (ou bem) intencionados sempre existem, e estes quando querem são peritos em levar uma mulher às nuvens. Então, leve-a você, afinal, ela é sua ou não é????
- Nem pense em provocar 'ciuminhos' vãos.. Como pude constatar, mulher insegura é uma máquina colocadora de chifres.
- Em hipótese alguma deixe-a desconfiar do fato de você estar saindo com outra. Essa mera suposição da parte delas dá ensejo a um 'chifre' tão estrondoso que quando você acordar, meu amigo, já existirá alguém MUITO MAIS 'comedor' do que você... Só que o prato principal, bem... Dessa vez é a SUA mulher.
- Sabe aquele bonitão que você sabe que sairia com a sua mulher a qualquer hora? Bem... De repente a recíproca também pode ser verdadeira. Basta ela, só por um segundo, achar que você merece... Quando você reparar... Já foi.
- Tente estar menos 'cansado'. A 'mulher moderna' também trabalhou o dia inteiro e, provavelmente, ainda tem fôlego para - como diziam os homens de antigamente - 'dar uma', para depois, virar de lado e simplesmente dormir.
- Volte a fazer coisas do começo da relação. Se quando começaram a sair viviam se cruzando em 'baladas', 'se pegando' em lugares inusitados, trocavam e-mails ou telefonemas picantes, a chance dela gostar disso é muito grande, e a de sentir falta disso então é imensa. A 'mulher moderna' não pode sentir falta dessas coisas... Senão...
Bem amigos, aplica-se, finalmente, o tão famoso jargão 'quem não dá assistência, abre concorrência e perde a preferência'. Deste modo, se você está ao lado de uma mulher de quem realmente gosta e tem plena consciência de que, atualmente o mercado não está pra peixe (falemos de qualidade), pense bem antes de dar alguma dessas 'mancadas'.
Proteja-a, ame-a, e principalmente, faça-a saber, disso. Ela vai pensar milhões de vezes antes de dar bola pra aquele 'bonitão' que vive enchendo-a de olhares... E vai continuar, sem dúvidas, olhando só pra você!!!
'Quem não se dedica se complica.' Como diz uma amiga: MULHER NÃO TRAI APENAS SE VINGA.
- Arnaldo Jabor.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
O contrário do Amor.
O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.
O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais do cadastro.
Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor.
Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bung-jump, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.
Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela é muito amada, ou criticada pelo que apronta. Uma criança está sempre em uma das pontas da gangorra, adoração ou queixas, mas nunca é ignorada. Só bem mais tarde, quando necessitar de uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a indiferença é um exílio no deserto.
Martha Medeiros.
O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais do cadastro.
Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor.
Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bung-jump, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.
Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela é muito amada, ou criticada pelo que apronta. Uma criança está sempre em uma das pontas da gangorra, adoração ou queixas, mas nunca é ignorada. Só bem mais tarde, quando necessitar de uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a indiferença é um exílio no deserto.
Martha Medeiros.
Já volto... Estou vivendo.
É..
Nos últimos dias tenho estado ausente desse mundinho virtual.
Não tenho postado nada de interessante no meu blog, aliás, nem sei se já escrevi aqui algo que interessasse a alguém, rs.
Aliás, não tenho tido muitos pensamentos interessantes. Até eles me fogem ultimamente.
Mas a verdade é que... estou bem.
E quando estamos bem é porque estamos muito ocupados vivendo.
Ou seja, quando estamos bem não temos tempo pra muita coisa, porque tudo nos ocupa, tudo nos distrai, nos diverte, nos prende ao nosso mundo real.
Não tenho tempo pra TV, pra me preocupar com muita coisa e acho que nem mesmo pra você!
Nem tempo pra escrever. E gosto muito. Passo horas fazendo isso, mas concluí que isso acontece quase em 80% quando não estou bem, passando por algum momento difícil.
Será que é assim com todo mundo?
Acho que sim. Temos de Tom Jobim e Vinícius de Morais à Shakespeare.
E a essência vêm de sentimentos dolorosos, romances inacabados, crises existenciais e a lista só aumenta.
Paixões, paixões e mais paixões. Pra mim agora é blá, blá, blá.
Bem, não vou me prolongar, porque não tenho nada a dizer.
E quando não temos nada a dizer, o melhor é ficar calado pra não dizer besteira.
Então. Vou ali e já volto.
Estou vivendo!
Amiga Vic, obrigada pela conversa de ontem, me ajudou a concluir isso tudo que acabei de escrever.
:-)
Nos últimos dias tenho estado ausente desse mundinho virtual.
Não tenho postado nada de interessante no meu blog, aliás, nem sei se já escrevi aqui algo que interessasse a alguém, rs.
Aliás, não tenho tido muitos pensamentos interessantes. Até eles me fogem ultimamente.
Mas a verdade é que... estou bem.
E quando estamos bem é porque estamos muito ocupados vivendo.
Ou seja, quando estamos bem não temos tempo pra muita coisa, porque tudo nos ocupa, tudo nos distrai, nos diverte, nos prende ao nosso mundo real.
Não tenho tempo pra TV, pra me preocupar com muita coisa e acho que nem mesmo pra você!
Nem tempo pra escrever. E gosto muito. Passo horas fazendo isso, mas concluí que isso acontece quase em 80% quando não estou bem, passando por algum momento difícil.
Será que é assim com todo mundo?
Acho que sim. Temos de Tom Jobim e Vinícius de Morais à Shakespeare.
E a essência vêm de sentimentos dolorosos, romances inacabados, crises existenciais e a lista só aumenta.
Paixões, paixões e mais paixões. Pra mim agora é blá, blá, blá.
Bem, não vou me prolongar, porque não tenho nada a dizer.
E quando não temos nada a dizer, o melhor é ficar calado pra não dizer besteira.
Então. Vou ali e já volto.
Estou vivendo!
Amiga Vic, obrigada pela conversa de ontem, me ajudou a concluir isso tudo que acabei de escrever.
:-)
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Se meu Chewbacca falasse: Criamos maridos perfeitos. Para suas futuras espos...
Se meu Chewbacca falasse: Criamos maridos perfeitos. Para suas futuras espos...: "Somos uma sociedade anônima sem fins lucrativos composta por mulheres voluntárias (ou não) que estão neste mundo com uma missão: transformar..."
- By Vic Lutterbach.
Bela definição, amiga!
- By Vic Lutterbach.
Bela definição, amiga!
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